O duelo entre o PS e o PSD, em Castelo Branco, é revelador dos estados de espírito dos respectivos militantes. De um lado, os socialistas, tristes e apagados, talvez demasiado convencidos que a vitória está no papo. Do outro lado, os social-democratas, apoiados por uma máquina profissional, demonstraram alegria, confiança e expectativa na inversão da tendência apontada pela generalidade das sondagens. Tal como era esperado, a vitória no debate televisivo permitiu a Santana Lopes partir para a campanha com uma nova dinâmica eleitoral. Só não vê quem não quer.
Na terra do candidato socialista, que ainda contou com o apoio de António Guterres, que já não consegue mobilizar as hostes socialistas, esperava-se mais, muito mais. Aliás, muitos estavam convencidos que o comício de Castelo Branco seria o arranque para a campanha da maioria absoluta. A realidade foi diferente. Tal como se apresentou em Castelo Branco, este é um PS acomodado, com uma liderança que não revelou ainda capacidade para arrancar uma onda de entusiasmo que lhe permita alcançar uma vitória clara, quiçá, uma maioria absoluta. A derrota no confronto de Castelo Branco pode ter sido apenas um percalço da máquina socialista, que, afinal, pode servir para a despertar para um esforço adicional, na recta final da campanha. Caso contrário, como tem referido Santana Lopes, as eleições estão longe de estar decididas e as legislativas podem ser discutidas até ao último dia.
2 comentários:
Eu fascino-me, logo existo...
hummm... desculpa-me, mas este post cheira a demagogia.
o PS perdeu o duelo porque contou com as gentes da terra: velhos, rurais... mas eram muitos. eram muitos mais dos que foram levados, de todos os pontos do país, até castelo branco. falhou a máquina. e até faltou o seu dono, jorge coelho. mas uma coisa é máquina partidária, outra são o eleitores. e, neste caso, o PS ganhou. conseguiu muitos mais, sem ter de os trazer do resto do país.
foi mais morno? foi. sem chama nem novidade? sem dúvida. prepara-te porque é o que nos espera...
inês
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