terça-feira, novembro 30

O grande derrotado


O ministro das Finanças nunca conseguiu convencer.
O Orçamento do Estado passou na Assembleia da República, mas nunca convenceu a maioria dos agentes económicos.
Bagão Félix sai sem glória.


É notícia

A intervenção de Paulo Portas, a primeira depois da queda do Governo, vai ser determinante para compreender o que se vai passar em Portugal, a curto e médio prazo.
Portas tem uma oportunidade única para se afirmar, revelando que não tem receio de enfrentar o eleitorado.
Depois das críticas ferozes do último congresso do PSD, em Barcelos, chegou o momento do grito do ipiranga do CDS-PP.
Para saber o que vale, e para dar fôlego à direita portuguesa, Portas tem de concorrer sozinho nas eleições legislativas antecipadas.
Ao retornar à família do arco da governação, o líder do CDS-PP não pode desperdiçar esta oportunidade de ouro para se emancipar, definitivamente, da tutela do maior partido português.

Já mexe




A dúvida


Será que o país continua a ser pequeno para este professor?

Passar a palavra

Um alerta é uma coisa séria.
Fica a referência Aqui

Um tempo único

A estrela já cá está.
Só falta chegar o salvador nacional.


Sobe e Desce da Blogosfera

O melhor instantâneo
A dívida presidencial
A seguir
Cuidado com o bébé
Para esquecer
Uma leitura desatenta

Uma vez na vida

Pacheco Pereira acertou no alvo.
Num artigo no Abrupto, Pacheco Pereira defende que Cavaco Silva deve rumar a São Bento. E não para o Palácio de Belém.
Há discursos que são fatais.


A hora dos competentes

A crise governamental abriu espaço a todos os que criticaram Santana Lopes e Paulo Portas.
José Sócrates, cada vez mais agarrado ao passado, tem lugar na fila da frente.
Jerónimo de Sousa, que errou a sua primeira previsão, ao afirmar que não acreditava num rebate de consciência do Presidente da República, tem total legitimidade para enfrentar o eleitorado.
Do lado da maioria, Paulo Portas, que não tem rival conhecido no partido, pode apresentar trabalho feito, mas não escapa a ser apontado como o cúmplice de um ciclo político desastroso, que vai provocar uma revolução na direita portuguesa.
Por fim, Santana Lopes, ele mesmo. Em todo o seu esplendor, igual a si próprio.
Incapaz de enfrentar a turba de críticos, poderosos e não poderosos, a quem deu os argumentos suficientes para a realização do seu funeral político, Santana Lopes tem de tirar todas as ilações políticas do chumbo presidencial.
O líder do PPD-PSD deve dar lugar a todos os 'competentes' do partido. Os que falaram e os que se refugiaram no silêncio. Deveriam ser esses, os iluminados, a apresentar uma alternativa ao eleitorado. Com um novo programa, com novos rostos e com uma nova ambição. Isto sim, seria uma atitude em nome de Portugal, que afastaria qualquer tipo de dúvidas sobre o carácter oportunista e táctivo de algumas críticas violentas em relação ao Governo liderado por Santana Lopes.

A questão

No momento em que o Governo tombou, com estrondo, é preciso perguntar: quem assume a responsabilidade de quatro meses perdidos?

segunda-feira, novembro 29

Sem tirar nem pôr

Há opinião publicada que constitui uma referência Aqui

Sobe e Desce da Blogosfera

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O bébé e a incubadora
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Tolerância máxima
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Nas covas

Já passou a tempestade?





O Governo segue dentro de momentos



Não acreditem




Já chegou a hora?




Entre a espada e a parede

Durão Barroso deve estar a rebolar a rir. A sua saída do Governo, no timing perfeito, ainda teve o mérito de criar as condições para liquidar o seu principal inimigo, Santana Lopes.
É verdade que este 'golpe' de mestre só foi possível com a colaboração de Jorge Sampaio. O Presidente da República, chamado a intervir num momento crítico, optou por uma decisão fácil e confortável. Deu continuidade à maioria, respeitando a formalidade da lógica jurídico-constitucional. Mas o resultado não podia ser outro, como muitos afirmaram. O país perdeu quatro meses e está à beira do abismo. O responsável chama-se Jorge Sampaio, mas o bode expiatório, obviamente, é o líder político das revistas do coração. Por ambição ou deslumbramento, Santana Lopes aceitou o presente envenenado, de peito aberto, apesar da herança desastrosa nas finanças públicas. Hoje, pouco importa, mas o que diriam alguns se Santana Lopes tivesse recusado a liderança do país?

Assim não vai lá

Santana Lopes está em maus lençóis.
O enfant terrible do PSD começa, agora, a perceber a força do sistema, aquele 'monstro' invisível que tem o poder de fazer e de desfazer.
É verdade que tudo começou mal.
O primeiro-ministro não foi eleito. Desde a tomada de posse, as trapalhadas sucederam-se a um ritmo vertiginoso, abrindo um enorme campo de manobra a todos aqueles que enfrentou, responsável ou irresponsavelmente, durante mais de 20 anos de carreita política.
O resultado está à vista. Amor com amor se paga.
O momento é crucial. O primeiro-ministro tem de escolher: ou avança na lógica do confronto ou cede.
Qualquer que seja a sua opção, voluntária ou forçada, uma coisa é certa: a metáfora do bébé, da incubadora e dos estalos e pontapés não lembra a ninguém, nem ao mais acossado dos políticos.

quinta-feira, novembro 25

Fundos sem limites

A transferência dos fundos de pensões da ANA e da CGD são a prova do esforço de consolidação orçamental da maioria PPD-PSD/CDS-PP.
Quem os viu, na campanha eleitoral, em 2002, e quem os vê, agora, em 2004, no Governo, devem achar que os deuses estão doidos.
As promessas de redução da despesa e do défice ficaram pelo caminho.
Resta deitar mão às poupanças dos trabalhadores, que não deviam ser usados como instrumento de salvação financeira conjuntural.

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Um olhar limpo
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Um julgamento
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Uma consequência


O julgamento do ano


Começou o julgamento da Casa Pia.
Entre declarações de última hora, algumas delas bem pias, começa-se a fazer Justiça.



A dança das cadeiras


A remodelação governamental apanhou tudo e todos de surpresa.
Após mais de 100 dias de Governo, Santana Lopes faz reajustamentos.
Está tudo dito.

quarta-feira, novembro 24

terça-feira, novembro 23

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Uma reunião que incomoda
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A Margarida
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Mais uma do Boavista

Assim se vê a força do pêcê

Até o Partido Comunista está a dar sinais de mudança.
Dois membros do Comité Central apoiam o abaixo-assinado a pedir a abertura interna no partido. Fernando Vicente e Licínio de Carvalho anunciaram, hoje, que vão subscrever um abaixo-assinado que já está a circular nas estruturas.

Constituição Europeia

Quanto mais se fala sobre a pergunta do referendo, mais vontade tenho de rir.
A confusão está instalada e o disparate não pára.
Não tarda nada, vem aí alguém dizer que é preciso fazer uma campanha de imagem e de marketing, para esclarecer os portugueses.
A Democracia é, assim, simples, por vezes a facturar.

As pérolas de Canas de Senhorim

.
"Populares dão uma semana de tréguas para o Presidente da República pensar Canas de Senhorim"

"Este é um problema político que ele [PR] criou e que tem de ser resolvido pela política e não pela força”

[A carga policial] "É um episódio perfeitamente dramático, que não se via há pelo menos 30 anos"

"Antes do 25 de Abril as cargas policiais imperavam no regime. Jorge Sampaio mandou à boa maneira antiga uma carga policial daquelas com que levava na década de 60 na academia de Coimbra"

Incompreensível

Hoje, registei, até ao momento, 49 entradas.
É verdade que não fiz nem um post.
Mesmo assim é demais!
Vou passar a ofensiva das pérolas.

segunda-feira, novembro 22

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A noite é deles
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Palavras simples
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O pior da demagogia

Eixo do Mal (II)

A coisa está preta para os cinco magníficos.
Basta ler o JF

Leituras atentas

O veto presidencial à central de informações vai dar muito que falar.
Purgas à parte, vale a pena ler Aqui e Aqui

O Eixo do Mal

Ainda não consegui ver o novo programa da SIC.
Mas pelo que diz o JPH, no Público, a coisa não está famosa.
Meu caro João, podes ter a certeza, tens ali cinco amigos para a vida.

Mistério desvendado

Afinal, a explicação está dada. É tudo uma questão financeira.
Jorge Sampaio justificou o veto à central de comunicação do governo com as dificuldades financeiras que o país atravessa e por considerar que não existe falta de publicitação da actividade do Executivo.
O Presidente da República, na explicação oficial do veto, avançada pela Lusa, deixa ainda uma grande cacetada aos críticos da Alta Autoridade para a Comunicação Social: "Como a entidade independente constitucionalmente prevista para o efeito acaba de reconhecer, não há défice, antes excesso de presença estatal e governamental nos meios de comunicação”.
Morais Sarmento, entre outros, deve ter ficado com a orelhas a arder, para além de um pouco 'moído' com a decisão presidencial. Só faltava algúem gritar: É censura ao Governo.

Uma questão de oportunidade

Jorge Sampaio acabou com a central de informações.
É uma boa decisão, aliás, porque se ficou com a certeza que o presidente ainda está atento ao que se passa à sua volta.
A explicação dada por Santana Lopes e Morais Sarmento é que deixa algumas dúvidas.
A central de informações não passou porque não é oportuna, neste momento?
O que quer dizer isto?
Jorge Sampaio devia explicar aos portugueses por que razão invoca esta questão.

As alterações climatéricas

Este Inverno não é um verdadeiro Inverno.
As temperaturas amenas e a falta de chuva são uma benção para os portugueses, castigados com sucessivos temporais políticos.
Apesar de ser mau para a agricultura, logo para a economia, as primeiras compras de Natal, em finais de Novembro, ainda se podem fazer com calma, sem as correrias para fugir à chuva.
Infelizmente, a mudança do clima, em Portugal, é um assunto a que não se dá grande atenção. Já ninguém se dá ao trabalho de dizer: " O tempo está óptimo. Nem parece Inverno".
Há uma nítida falta de consciencialização para a questão ambiental. Até em relação à necessária redução da poluição.
A ausência de políticas energéticas alternativas, apesar das condições naturais, é um erro que se vai pagar caro. Já se está a pagar, muito caro.
Não basta anunciar um programa de investimento em energias limpas, sempre que o petróleo sobe de preço. Não é suficiente.
A aposta em energias limpas devia ser uma prioridade nacional, capaz de mobilizar recursos financeiros e humanos. Mas as apostas estratégicas, de longo prazo, não interessam aos políticos porque não dão votos. Eles falam, falam, falam...




sexta-feira, novembro 19

Sobe e Desce da Blogosfera

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Bem apanhado
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Uma no cravo outra na ferradura
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Comparações à força

Lei da rolha – EUA/Portugal

Jim Taricani, jornalista norte-americano, foi dado como culpado por ter desrespeitado o tribunal, na sequência da sua recusa em revelar uma fonte confidencial. O repórter da estação WJAR-TV, do estado de Rhode Island, pode ser condenado a uma pena de prisão até seis meses, no próximo dia 9 de Dezembro. Jim Taricani recusou revelar quem lhe deu uma cassete de vídeo secreta do FBI, realizada durante um inquérito sobre corrupção, em que é apresentado um oficial de topo do FBI a aceitar um suborno. Este não é um caso isolado nos EUA: em Outubro, um outro juiz ordenou que os jornalistas Matthew Cooper, da revista “Time”, e Judith Miller, do “New York Times”, nomeassem quem lhes tinha revelado o nome de uma agente da CIA, o que estes recusaram, recorrendo mesmo da sentença aplicada.
Um dia depois, em Lisboa, a 10 de Dezembro, será lida a sentença do jornalista freelancer José Luís Manso Preto, que também está a ser julgado por ter invocado o seu dever de sigilo profissional para não revelar o nome das fontes.

Palavras de alerta


Mário Soares fez mais um discurso para abanar as consciências, tendo sustentado que só a restituição da voz aos cidadãos pode evitar revoltas descontroladas. O antigo Presidente da República afirmou ainda que só ainda não houve "aventuras militares" devido à integração de Portugal na União Europeia.

Mau prenúncio


A capital está a meter água

quinta-feira, novembro 18

A frase do dia

«O Governo miraculosamente trocou o discurso do sacrifício por um discurso da miragem. O primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, substituiu o significado da palavra 'tanga': deixou de ser sinónimo de carência de vestuário e passou a expressão de vestuário jovial muito apropriado para a frequência de piscinas em época de férias».
Jaime Gama, deputado do PS, na Assembleia República

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Polvo à maneira
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Tempos difíceis
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Histórias de racismo


Presidente em silêncio

A leitura da sentença do processo do jornalista Manso Preto é proferida dia 10 de Dezembro, em Lisboa.
Hoje, no dia em que decorreram as alegações finais, a magistrada do Ministério Público pediu pena de prisão para o arguido.
Tiago Bastos, advogado de defesa, alegou que antes de levantar o sigilo profissional ao jornalista o Tribunal Constitucional «tinha de apurar qual era o prejuízo para a sociedade de o arguido revelar a sua fonte».
Manso Preto recusa revelar as suas fontes enquanto testemunha num processo de tráfico de droga, pelo que incorre agora numa pena de multa não inferior a 60 dias ou de prisão de seis meses a três anos.
Jorge Sampaio, que interveio em diversos momentos, a propósito de processos judiciais, em curso, continua silencioso em relação ao desenrolar do julgamento do jornalista.

O momento da verdade

A decisão da Alta Autoridade para a Comunicação Social ( AACS) tem três destinatários: os portugueses, o Primeiro- Ministro e o Presidente da República.
Ao afirmar que houve pressões ilegítimas no caso Marcelo/TVI, a AACS revela os contornos de um caso, que ocorre numa empresa privada, que deve merecer uma superior penalização. É fácil. Basta mudar de canal. Ou desligar a têvê.
Santana Lopes, à saída de Belém, disse, e muito bem, que as instituições não estariam a funcionar se houvesse uma prova das pressões. Ora, aqui estão elas. O Primeiro-Ministro deve assumir as consequências, demitindo Rui Gomes da Silva e Nuno Morais Sarmento, que teve mais uma triste prestação, no momento de comentar a decisão da AACS. Não o fazendo, os portugueses devem tirar as devidas conclusões nos momentos eleitorais.
O Presidente da República, mais uma vez, é chamado a assumir o lado difícl das suas altas funções. Não é só fazer pedagogia e diplomacia, entre dois croquetes e um discurso de Estado, com ou sem lágrima e murro na mesa. Se nada fizer, também neste caso, os portugueses têm de chegar à conclusão que chegou o momento, de o ajudar a terminar o seu mandato com dignidade.
Em Democracia é, assim, simples, muito simples.


quarta-feira, novembro 17

Caso Marcelo/TVI

Afinal, o caso Marcelo/TVI não é um assunto interno da Media Capital.
É um assunto público e grave, pois houve uma pressão ilegítima, de acordo com a decisão da Alta Autoridade para Comunicação Social Aqui

O fim do PCP


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Um árbitro suspeito
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A dupla governamental
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De ouvir dizer

Uma surpresa


José Sócrates conseguiu surpreender.
Hoje, na Assembleia da República, o líder do maior partido da oposição não teve receio de assumir uma posição contrária à descida dos impostos, na discussão do Orçamento de Estado para 2005.
Não é fácil, para um candidato a primeiro-ministro, afirmar opções impopulares.
Desta vez, o secretário-geral do PS, meteu a demagogia no bolso. É uma pena que não o faça mais vezes.
Até a ousadia de comparar os exercícios de consolidação orçamental, dos governos de Guterres e de Durão Barroso, foi uma aposta ganha. Com números, clareza e sem citações ilustres.
A afirmação de alternativas claras, sem truques debaixo da manga, é o caminho mais difícil, mas pode ser ainda mais compensador para quem pretende governar.

terça-feira, novembro 16

Parabéns, Barnabé!

Ainda agora ultrapassei os 3000 e aqui ao lado já se fala num milhão.
Esplendores de ninharias, à parte.

Para quem tem memória

No início dos anos 80, com François Mitterrand e os socialistas no poder, em França, começou a desenhar-se um dos mais escandalosos casos de escutas ilegais, que, rapidamente, se transformaram numa arma de arremesso político.
Sob a capa do combate ao terrorismo, uma célula comandada ao mais alto nível controlou os "inimigos" políticos dos socialistas.
Vinte anos depois, o célebre caso das escutas do Eliseu chega a tribunal.

Há fotos que valem mil palavras


Manchete do DN

segunda-feira, novembro 15

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Einstein para sempre
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Era para ser mas não foi
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Scutices

Mais uma


José Rodrigues dos Santos apresentou a demissão da direcção de informação da RTP, tendo sido acompanhado pelos restantes elementos que integravam a estrutura directiva da estação de televisão pública.

A dança vai começar

No congresso do PSD, muito se disse e muito ficou por dizer, sobretudo o mais difícil e o menos popular.
Todavia, ficou um aviso aos militantes que já ocuparam cargos governativos.
Santana Lopes, referendado na liderança, e instalado no poder, vai fazer o que lhe fizeram quando o empurraram para a Figueira da Foz e para Lisboa.
Alguns barões, uns mais notáveis do que outros, vão ter que mostrar o que valem.
Vai ser de morrer a rir.

Cheira a Moderna

Um longo artigo, uma opinião, a não perder Aqui

Uma noite de glória




domingo, novembro 14

Última hora

O líder sacou da emoção e do choradinho.
Ganhou as hostes pela uma da manhã.
O poder é para manter até 2014.
As listas ficaram concluídas pelas cinco da madrugada.
A festa foi rija.

sábado, novembro 13

Luís Filipe Meneses – A revelação

Não podemos confundir os "José António Lima" com o resto dos jornalistas, que procuram a verdade.

Gaia fica livre, no fim do mandato.









Morais Sarmento - O bingo e as linhas

O ministro de Estado fez um discurso fascinante, aparentemente, como os tempos do seu governo, usando e abusando das metáforas e das mensagens codificadas.
Morais Sarmento está farto das mentiras do jornais. Não manda recados pelos jornais. O partido é tudo para ele. O país também, está claro. Obviamente, tudo, mas tudo, pelo interesse nacional.
Definitivamente, o senhor não gosta do ruído, mas ficou a dúvida se gosta de provocar e espalhar o ruído.
O vice-presidente do PSD ouviu Marques Mendes com espanto, apesar de compreendender o apelo às palmas. E avançou mais. Uau! A coligação: como é possível decretar a morte da coligação, que já todos compreenderam que está morta.
Em jeito de murro final, do tipo KO, proclama que o país não se consome com a poeira mediática, nem com autómatos disfuncionais das notícias. Ah! Já faltava Manuela Ferreira Leite, que saudades [estilo carpideira], dos seus orçamentos.
Não há perdão para as palhaçadas da polítca.

Cavaco Silva sem apetite

Não é um caso clínico.
Cavaco está de boa saúde.
O antigo primeiro-ministro, depois do apelo(?) de Santana Lopes, continua a afirmar que a vida política activa não é apelativa.

A explicação

Afinal, está tudo explicado.
O êxodo dos principais responsáveis políticos & Companhia tinha uma explicação.
Escutar, in loco, a intervenção de Aníbal Cavaco Silva, perdão, Luís Marques Mendes, o único crítico de Santana Lopes que teve a coragem de ir a Barcelos.
É verdade que Fafe fica ali ao lado, bem perto, mas ouvir o antigo ministro dos Assuntos Parlamentares a apontar o dedo a Santana Lopes é uma experiência única, tal como assistir a um concerto de Marco Paulo.
Ninguém ficou defraudado, Marques Mendes tem um modelo para Portugal.

Desilusão

Um amigo convidou um grupo de amigos para jantar.
Tinha uma surpresa guardada para o serão.
Algo divertido e especial.
Hoje, cancelou tudo.
Ainda não tinha recebido a carta do primeiro-ministro a explicar as trapalhadas do Orçamento de Estado.

Descentralização

Lisboa e Cascais estão mais calmos. Há menos riscos de tropeçar num ministro, secretário de estado, adjunto ou assessor. Estão todos em Barcelos.

sexta-feira, novembro 12

PSL (um pouco rouco) entre aspas

Caras companheiras, caros companheiros"
"A nós não nos condicionam"
"Não aceitamos lições de ninguém"
"Quanto tempo é consagrado aos temas da governação?"
"Foi com o nosso governo que se tomaram algumas medidas"
"Para além da agitação e das polémicas, os portugueses sabem que a realidade começa a ser nua e crua"
"Todos têm o direito ao regresso à vida política"
"A oposição discorda de tudo o que fazemos"
"Cumprir, na política como na vida, é sagrado"
"Sair da crise não significa abandonar o rigor"
"Lá fora, reconhecem a credibilidade portuguesa"
"Nada na vida cresce se não tiver a base da verdade"
"O PPD-PSD sempre alcançou as grandes vitórias nos momentos de combate"
"Por que será que há tantas pedras atiradas?"
"Nas próximas eleições autárquicas, vamos partir de um patamar muito alto"
"Espero que todos os que forem convidados a concorrer em sítios difíceis, que nunca ganhámos, estejam disponíveis"
"O valor da estabilidade é muito importante"
"A coligação [PPD-PSD/CDS-PP] tem funcionado bem"
"Nós somos quem somos"
"O relacionamento institucional com o Senhor Presidente da República tem sido exemplar. Não falo do relacionamento pessoal"
"Faremos tudo para que Aníbal Cavaco Silva seja o candidato vencedor nas eleições presidenciais"
"[O candidato presidencial]Deve ser apoiado na devida altura, o que estiver em melhores condições para realizar esse sonho"
"Não é o PPD-PSD que vai pedir a Cavaco Silva que se candidate nas próximas eleições presidenciais"
"Preciso da vossa confiança"
"É fundamental: a estabalidade institucional e a estabilidade na coligação"
"Estou disposto a entregar-me de alma e coração a este trabalho"
"Não sou um líder que veio de um banco de nevoeiro"
"Prometo que serei sempre eu próprio"
"De mim, ouvirão sempre a verdade"
"Gosto muito de todos vós"
"Quero muito a Portugal"
"Obrigado pelo que me têm dado"

É notícia no W.E.

Reunião do Conselho Geral da Ordem dos Advogados (Coimbra)
Congresso do PSD (Barcelos)
Concerto de jazz com Terence Blanchard (Culturgest)
Início das comemorações da Semana do Mar (Algures perto de si)
Apresentação do DVD do 'Gato Fedorento' (Fnac Chiado)
Sporting - Boavista (Alvalade XXI)

À boca do Congresso

A sondagem diz tudo Aqui

Congresso PSD - Os silêncios


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Os salvadores da Pátria
A seguir
O negócio da televisão
Para esquecer
E a seguir vai porrada

Ambiente e demolições


“Vai ser um espectáculo televisivo, mas tem de ser”
Luís Nobre Guedes, ministro do Ambiente, a propósito dos três tipos de casas da Serra da Arrábida:
casas absolutamente legais,
casas que já têm decisão judicial para serem demolidas
casas com “algumas ilegalidades”

Iniciativa na blogosfera

Para quem pretender aderir Aqui

Congresso PSD - Cavaco Silva

O antigo primeiro-ministro continua a grande caminhada.
Agora, chegou a vez de falar sobre o conclave de Barcelos.
Imperdível Aqui

As melhores contradições do Governo (III)

O anúncio da abertura do concurso para a Televisão Digital Terrestre. Aqui

As melhores contradições do Governo (II)

As trapalhadas do IRS Aqui e Aqui e Aqui e

Arafat - O funeral

A transmissão da SIC Notícias, em directo, do funeral de Yasser Arafat, em Ramallah, devia ser visto por todos os que simplificam e reduzem a questão do Médio Oriente, a um Estado belicista e a um bando de terroristas.
A não perder um outro trabalho jornalístico Aqui e as opiniões Aqui e Aqui

Um espaço especial

O forum da TSF, diariamente, concentra a atenção de muitos portugueses, que estão a caminho do trabalho. Sou um, entre muitos, seguramente, que prestam atenção à voz do povo, apesar de todos os rumores de mais ou menos manipulação na escolha dos intervenientes.
Sem pretender afirmar que o forum da TSF representa uma amostra fiel dos país, é importante saber e sentir o pulsar da opinião das populações, descontando a margem de erro que possa existir.
Hoje, a propósito das declarações de Mota Amaral, no Congresso da Democracia Portuguesa, sobre as relações do poder político com os Media, um participante elogiou o trabalho da comunicação social, que até dá cadeiras de rodas. É a mais dura crítica ao trabalho da comunicação social.
A afirmação do ouvinte da TSF e as declarações de Mota Amaral obrigam a um novo balanço, após 30 anos de Democracia portuguesa.
A comunicação social perde credibilidade quando ultrapassa o seu objecto e espaço próprios de intervenção.
Os políticos perdem credibilidade, quando invocam o trabalho dos jornalistas para tentar esconder a sua incompetência

Buzinão q.b.

Os governantes que querem acabar com o ruído, têm aqui a resposta da sociedade civil. As principais associações empresariais e as autarquias do Algarve organizaram hoje uma acção de protesto na Estrada Nacional (EN)125 e um boicote à circulação na Via do Infante (A22) contra o previsto pagamento de portagens naquela via rápida.

quinta-feira, novembro 11

A granda malha

“A sociedade civil tem de exigir à Polícia Judiciária, ao Ministério da Justiça e ao Procurador Geral da República (Souto Moura) estatísticas, estudos, diagnósticos e resultados sobre o combate à corrupção”
Maria José Morgado, no Congresso da Democracia Portuguesa.

A Alta Autoridade pronuncia-se sobre “caso Marcelo” até quinta-feira, 18.

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Comparações perigosas
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Um novo PS?
Para esquecer
As cenas de um juiz

Ele está de volta

António Guterres, ele mesmo, regressou à política activa.
A intervenção do antigo primeiro-ministro, no Congresso da Democracia Portuguesa, é um hino à política, pura e dura. Passo a passo, Guterres ensaia aparições estudadas, ao mílimetro, para provocar um efeito nas sondagens, uma técnica que domina há muitos anos.
Definitivamente, o Guterres do marketing político alterna com o António que dá lições e que aponta o dedo à vida política que está transformada num reality show.

Estamos conversados

"O Orçamento actual é insuficiente para assegurar qualquer progresso na redução do défice estrutural, enquanto a dívida pública ultrapassará os 60 por cento - valor limite imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia".
Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, no I Congresso da Democracia Portuguesa, promovido pela Associação 25 de Abril.

E agora, a paz?

Yasser Arafat morreu, hoje.
Ytzhak Rabin morreu, assassinado a 4 de Novembro de 1994.
O aperto de mão entre os dois líderes, que conseguiram fazer a paz, no papel, a 13 de Setembro de 1993, em Washington, não foi suficiente para fazer parar a guerra sanguinária.

Chegou a hora de novos actores entrarem em cena.
A paz no Médio Oriente não se conseguiu fazer através das armas, como comprovam os últimos quarentas anos.
É uma lição que devia fazer reflectir os líderes políticos: os falcões, os fundamentalistas religiosos e, até, os texanos.

quarta-feira, novembro 10

Hoje é notícia

Audições da Alta Autoridade para a Comunicação Social, no âmbito do processo sobre as
relações entre a comunicação social e os poderes político e económico.
11:00 - Alexandre Cordeiro, presidente da APECOM.
15:00 - João Líbano Monteiro, administrador da João Líbano Monteiro e Associados.

O Snob em grande

No próximo dia 16 de Novembro, o Snob, ali mesmo na rua do Século, festeja mais um aniversário. Parabéns, Senhor Albino.
São 40 anos, sim senhor, dos quais mais de 10 a aturar-me e a depenar-me.
Saiba toda a verdade do dia grande do Snob Aqui

Governo no Mar (II)

A opinião na blogosfera Aqui e Aqui e Aqui

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Uma novela chamada Arafat
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Os valentões
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Um dia especial

Com ou sem etiqueta?

“Queremos mostrar, metaforicamente, o objecto que esconde o trabalho a que o Espaço T se dedica, ou seja, a intimidade do indivíduo, o seu interior, a sua auto-estima”.
Jorge Oliveira, presidente do Espaço T, associação que promove a inserção de pessoas em situação marginal, a propósito da exposição "Cuecas de Gente", que promove, no Porto.

Governo no mar


No centro da polémica sobre a soberania das águas territoriais portuguesas, o Governo responde com mais uma iniciativa de fundo. Até prova em contrário, ou declaração oficial a desmentir outra declaração, o Dia Nacional do Mar, que se assinala a 16 de Novembro, vai levar o Conselho de Ministros a reunir a bordo do navio-escola Sagres.

Iraque - O reino do terror

Estão a banalizar-se as notícias sobre o caos e a barbárie no Iraque .
Hoje, mais uma revelação veio ensombrar a marcha para a democracia, à maneira americana.
Em Fallujah, há notícia de mais reféns decapitados.

Arafat - uma questão de eutanásia?

A necessidade de estabelecer um acordo político entre israelistas e palestinianos, para encontrar uma sepultura para Arafat, de forma a evitar mais um banho de sangue, tem sido a explicação encontrada para justificar a novela interminável em relação à declaração de morte oficial do presidente palestiniano.
Assuntos de Estado à parte, Yasser Arafat, ligado a uma máquina, tem o privilégio de poder contar com uma assistência médica que não está ao alcande de todos os mortais, pelo que não se coloca, aparentemente, a hipótese de interromper o suporte que o tem agarrado à vida.
O certo é que o estado crítico de Arafat e a presença de um líder religioso, no hospital militar de Percy, relançaram a questão da eutanásia.

Para muitos, a eutanásia é um acto de consciência de um ser humano, que decide por fim à vida com a ajuda médica especializada. Mas desligar a máquina que suporta a vida pode enquadrar-se no conceito de assistência à morte? Esta questão releva outro debate. O da qualidade da assistência médica. Não a dos presidentes, dos poderosos e dos ricos, mas a dos cidadãos, que dependem de sistemas de saúde, públicos ou privados.

A comunidade médica portuguesa tem estado, na sua maioria, do lado dos que são contra a eutanásia. É uma opção, que tem uma explicação ética e racional, para além da Fé. Mas no momento em que o sistema de saúde português foi acometido de um ataque crónico de economicismo, urge perguntar: nos hospitais portugueses, quantas vidas agarradas a uma máquina se perdem por falta de meios? Quantas vezes se tem de desligar a máquina, para acudir a outros doentes?



terça-feira, novembro 9

Não dá para acreditar

O IRS volta a marcar um desentendimento entre o primeiro-ministro e o ministro das Finanças

Julgamento de jornalista continua

O julgamento de Manso Preto, constituído arguido pelo Ministério Público por se recusar a revelar uma fonte de informação, continua no dia 18 de Novembro, de acordo com a decisão de Maria da Graça Mira, juíza que presidiu ao julgamento, no 4 Juízo Criminal de Lisboa.
O colaborador do semanário Expresso foi arrolado como testemunha de defesa no caso dos irmãos Pinto, camionistas acusados de tráfico de droga, mas recusou revelar matérias de que tomou conhecimento enquanto jornalista, invocando o dever de sigilo profissional para não revelar o nome da fonte.
Hoje, foram ouvidas 17 testemunhas, das quais apenas três indicadas pela acusação.
Na primeira audiência estiveram presentes diversos colegas e amigos, que quiseram demonstrar a sua solidariedade para com Manso Preto.

"Comunicação social não é isenta nem imparcial".
José Casanova, director do Avante, durante uma conferência na Biblioteca- Museu República e Resistência, em Lisboa.

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“O caso Marcelo é considerado por mim um assunto interno de uma empresa privada”.
Miguel Paes do Amaral, presidente conselho de administração da TVI, na segunda vez que se desloca à Alta Autoridade da Comunicação Social

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Faltará pouco para o líder histórico dos palestinianos ser declarado oficialmente morto, segundo a Agência Reuters.

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A justiça presidencial

Por diversas vezes, e em vários momentos, Jorge Sampaio falou alto e grosso quando entendeu estarem em causa os direitos, liberdades e garantias. Fê-lo a propósito do aborto, do processo da Casa Pia e, mais recentemente, do caso Marcelo Rebelo de Sousa. A notariedade dos protagonistas e a importância dos processos justificaram a intervenção presidencial, concorde-se ou não com o seu conteúdo.

Hoje, o jornalista Manso Preto começa a ser julgado, por recusar revelar as suas fontes, naquele que é o primeiro julgamento, em Portugal, de um jornalista que invocou sigilo profissional. Chamado a testemunhar num processo de tráfico de droga, Manso Preto recusou revelar o teor de matérias de que tomou conhecimento enquanto jornalista, com base no cumprimento do seu dever de sigilo profissional. Perante a recusa, Manso Preto incorre numa pena de prisão de seis meses a três anos ou de multa não inferior a 60 dias.


Até ao momento, o silêncio de Jorge Sampaio é ensurdecedor.

segunda-feira, novembro 8

Mário Soares na Capital (II)

Mais uma achega para a polémica AQUI

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Mário Soares na Capital

Um trabalho do jornal A Capital, assinado pela jornalista Maria Jorge Costa, recorda o ex-Presidente da República, à beira de festejar 80 anos.
Quem não gostou foi
David Dinis, que começa a dar sinais de obsessão por tudo o que diz respeito às figuras de esquerda. Calma meu bom amigo e colega, na direita, com toda a certeza, também há homens bons e inteligentes, que também têm pensamento livre. Em vez de criticar, o que, aliás, é sempre um contributo válido, proponho-lhe um desafio: revele-nos os grandes líderes da direita, o seu passado político, as suas obras e as suas ideias. Se possível, de personalidades que ainda tenham força para falar, sem medo de errar e até de serem ultrapassados pelos acontecimentos. Ou seja, Oliveira Salazar, Cavaco Silva e o Presidente Bush não valem.

No banco dos réus

O jornalista José Luís Manso Preto começa a ser julgado, amanhã, pelas 14 horas, no 4.º juízo criminal de Lisboa, pelo alegado crime de recusa de prestação de depoimento como testemunha, porque invocou o seu dever de sigilo profissional para não revelar matéria de que tomou conhecimento enquanto jornalista.

Hoje é dia grande





Verdade ou consequência?

O líder do PND volta a afirmar, no DN, que está convencido que a coligação governamental vai acabar. E que figuras do PSD manifestam uma clara preferência por uma coligação com o PND.
Manuel Monteiro parece já ter esquecido a banhada de 30% do último congresso do CDS-PP, em que avançou com uma candidatura à liderança. Também naquele momento, que antecedeu a sua saída do CDS-PP, alguns barões do PSD garantiram preferir uma coligação com Monteiro a uma santa aliança com Portas.
Tal como qualquer outro partido dominante, o PSD fará as coligações que mais lhe interessarem, ainda que instrumentais, para se manter no poder.
Monteiro já devia saber que apenas deve contar consigo próprio e com os votos do PND, pelo que tem de trabalhar na credibilização do seu projecto político.
O PSD só começará a olhar para Manuel Monteiro, novamente, quando o PND tiver peso eleitoral.


Um país demasiado pequeno


António Borges continua a alimentar a sua imagem de candidato a salvador nacional.
Numa entrevista ao Expresso, o economista torna a vestir a camisola do sebastianismo.
Talvez, um dia, regresse a Portugal, poderia ser a súmula das declarações do professor universitário.
O problema é que a 'casa' está cada vez mais cheia. O iminente fim do tabu presidencial de Cavaco Silva pode deitar por terra as aspirações de António Borges.
Portugal não é suficientemente grande para estas duas ilustres personalidades.

Os 'géninhos' no Iraque


A manutenção das forças da GNR no Iraque, por mais 90 dias, até parecia um anúncio de um novo perfume português. Como se fosse a coisa mais natural deste mundo, o Governo portugês decidiu manter o contigente num país a ferro e fogo, em que foi decretado o estado de emergência.

A decisão governamental, que conta com o apoio presidencial, é mais um motivo de divisão entre o país político e o país real.

A presença de forças portuguesas, militares ou de segurança, em cenários de guerra, como o do Iraque, devia merecer uma prudência reforçada dos decisores políticos.

O Governo devia estabelecer uma meta temporal para a presença portuguesa na cruzada inventada por Bush. Ou será que, em função da evolução da situação, Santana Lopes e Paulo Portas estão dispostos a 'condenar' os géninhos a participação perpétua no Iraque?

A lei da rolha

No momento em que se anunciam grandes alterações na área da Justiça, o Procurador-geral da República prepara-se para avançar com um mega processo contra jornalistas, por violação do segredo de Justiça, de acordo com a manchete do Correio da Manhã.

Como não é possível, - ou não dá jeito -, investigar os autores originais da violação de segredos relativos a processos em fase de investigação e inquérito, é mais fácil atacar os profissionais da comunicação social, que têm por dever informar e respeitar o seu compromisso deontológico.

Em síntese, nada de novo. Este processo, mais um, apenas servirá para marcar o consulado de Souto Moura, na liderança do Ministério Público.

quinta-feira, novembro 4

A obra de Santana Lopes


A requalificação do Parque Mayer, a cargo de Frank Gehry, vai custar muitos milhões de euros. Será com toda a certeza uma obra de excelência, emblemática, com impacte mundial. Ninguém pode ficar indiferente a uma obra de arte arquitectónica.

Santana Lopes terá, assim, a sua 'marca' na cidade de Lisboa.

Porém, a questão da aposta nesta infra-estrutura pode ser colocada de uma outra forma: O financiamento desta obra vai ser totalmente privado? Quanto vai custar aos cofres municipais e centrais esta visão moderna de Lisboa? Como vai ser constituído o fundo de investimento para viabilizar o projecto?

Os actuais responsáveis políticos, mais uma vez, tal como os outros que os precederam, de esquerda e de direita, optam por lançar uma obra de fachada numa cidade cheia de carências básicas. Concentrar um forte investimento numa pequena área da cidade, ainda que nobre e cheia de história, merece uma reflexão aprofundada.

Ninguém duvida que o Centro Cultural de Belém, a Ponte Vasco da Gama, a Expo'98, o Euro'2004 e, agora, o Parque Mayer, são pólos de desenvolvimento e de atracção turística. Mas importa compreender que os investimentos realizados nestas obras foram desviados de outros sectores, que também podiam trazer desenvolimento económico, criar emprego e reforçar a notariedade de Portugal.

Um parque habitacional em condições, hospitais a funcionar, escolas e universidades modernas, tribunais bem equipados, entre tantos outros exemplos, deviam ser prioritários na mobilização dos recursos financeiros.

O problema é que a aposta em sectores básicos não têm a visibilidade de obras emblemáticas. E, sobretudo, não dão tantos votos.


Mais vale tarde...

A Juventude Popular assume e defende toda a sua história e recusa qualquer branqueamento. Reconhecemos o papel que Manuel Monteiro teve na história da Juventude Centrista”
João Almeida, deputado do CDS-PP e líder da JP.

Como o Vinho do Porto


A reacção do histórico líder do PS à vitória de Bush é notável.
Sem receios de revelar a sua preferência, o ex-presidente manifestou tristeza pela derrota de Kerry, "um cosmopolita e um intelectual".
A intervenção cívica de Mário Soares está a atingir um patamar de maturidade política que só pode ser comparado a um Porto Vintage.
Dá gosto ver Mário Soares falar claro, sem medo de agradar ou desagradar aos poderes instituídos e fátuos.
Mário Soares está a assumir um discurso que lhe confere um protagonismo, nacional e internacional, que não se pode alienar. O político de referência da democracia portuguesa tem um passado cheio de erros, concessões e glórias, mas não está cansado.
Portugal precisa de homens de pensamento livre.


Uma lição

António Lobo Xavier surpreendeu Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo.
O populismo com uma base de verniz intelectual de esquerda, do tipo eu votaria Bush porque a eleição de Kerry seria vista como um incentivo aos terroristas, não tem qualquer qualificação. É falso e, simplesmente, do pior nível.
Vale a pena ver a repetição, na SIC Notícias, para compreender as sinuosas manobras do pensamento de Pacheco Pereira, em relação ao resultado das eleições norte-americanas.
Mais vale a afirmação de uma opção clara, ainda que possa ser errada, do que o sinuoso percurso de quem ser original, independente e compreensivo com um qualquer poder ainda que distante, muito distante.

quarta-feira, novembro 3

'Apagado' à força


Tal como aconteceu no último congresso do CDS-PP, Manuel Monteiro voltou a ser ignorado no momento de se contar a história da Juventude Centrista.
Manuel Monteiro foi presidente da JC entre 1985 e 1989.
Desde a fundação da Juventude Centrista, em 1974, lideraram a organização, até ao final da década de 80, Caetano Cunha Reis, Eduardo Urze Pires, Alexandre Sousa Machado, Francisco Cavaleiro Ferreira, Luís Queiró, Jorge Goes (actualmente a colaborar com o PS, através do Movimento Humanismo e Democracia) e Manuel Monteiro.
A partir da década de 90, exerceram a presidência da Juventude Centrista, - actualmente, designada por Juventude Popular -, Martim Borges de Freitas, Nuno Correia da Silva, Pedro Mota Soares e João Almeida.

Regresso à normalidade

"É importante sublinhar que a vitória de George W. Bush demonstrou que o ruído não perturba nem derrota quem tem uma linha de rumo".
Miguel Relvas, secretário-geral do PSD

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Turbulência regressa à PJ

Mais uma vez, a PJ é notícia, pelas más razões.
Agora, foi a vez de rolar a cabeça do líder da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB).
Ferreira Leite foi substituído pelo juiz desembargador Agostinho Torres, após ter dado uma entrevista ao semanário Independente, em que alertou para a falta de meios do departamento que tem a seu cargo o combate ao terrorismo.
A demissão relâmpago de Ferreira Leite não resolve o problema, nem esconde a responsabilidade de quem tem de dotar a instituição de capacidade suficiente para garantir a segurança dos portugueses.

Um passo para o desastre


Agora, não já não é preciso inventar armas de destruição maciça.
As armas nucleares da Coreia do Norte e do Irão são bem reais.
O risco de continuidade de uma política agressiva, liderada por Gerge W. Bush, deixa o mundo mais próximo de um desastre nuclear.

O fantasma da América


Osama Bin Laden continua a pairar sobre os espíritos dos norte-americanos.



Mais do mesmo


Bush ganhou.
A declaração de vitória não deixou dúvidas relativamente ao que vai ser o seu segundo mandato.
O reforço das posições dos conservadores norte-americanos deixa-lhe o campo totalmente aberto. O presidente reeleito tem à sua disposição todos os meios para aprofundar uma determinada política interna e externa, que tem gerado profundos receios no resto do mundo.
É nestes momentos que a Europa, a Velha Europa, se deve unir e enfrentar os ventos que sopram do outro lado do Atlântico.

terça-feira, novembro 2

Receitas da casa

O empate com o PSG, depois do empate com o Nacional, faz temer o pior para Victor Fernandez.
O nuestro hermano, - o deles, obviamente -, foi assobiado no fim do jogo com os franceses, que não deixou boa memória.
Mas o FCP é outra loiça.
Para já, está fora de questão invocar o período experimental.
Nestes momentos, Pinto da Costa tem o hábito de anunciar mais um ano de contrato com o treinador.

Importa-se de repetir?

“A anterior direcção [Fernando Lima] fez também um trabalho louvável. Houve um caminho percorrido que foi muito interessante, mas o DN está a viver um momento diferente talvez dos outros órgãos de comunicação social da Lusomundo Media, que estão em situação mais confortável”
Miguel Horta e Costa, presidente da PT

Uma oportunidade perdida

Bush e de Kerry parecem, politicamente, irmãos gémeos monozigóticos.

O terrorismo, a segurança e a mensagem de Osama Bin Laden provocaram um efeito tal que os dois candidatos, muitas vezes, pareciam o eco um do outro.

As diferenças entre os repúblicanos e os democratas esbateram-se, o que deixou a democracia norte-americana mais pobre. Ainda mais pobre.

Bush esteve igual a si próprio: medíocre, fanfarrão e irresponsável.
Kerry também não surpreendeu: incoerente, calculista e diplomático.

Tal como Mário Soares afirmou, e muito bem, no programa Prós-e-Contras, na RTP1, os Estados Unidos da América perderam uma oportunidade para escolher entre dois caminhos: o da guerra e o da paz.

A eleição de um candidato mais ou menos guerreiro é mais do mesmo, na linha paranóica do temos-de-os-exterminar, como se isso fosse aceitável ou possível.

Contrariar a ideia que se instalou - a guerra é dos fortes e a paz é dos fracos - tornou-se ainda mais difícil, muito por culpa de uma opinião banalizada, que confunde direitos humanos com passividade.

Seja qual for o vencedor, Bush ou Kerry, a liderança da Casa Branca vai estar entregue a um presidente que ainda não percebeu que a força das armas não é a única alternativa, nem é a solução final.

O vencedor das eleições é o poderoso lobbie do armamento. O resto é só conversa.



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Que falta de imaginação

PG no seu melhor

Pedro Guedes no seu mais refinado estilo sobre o seu não voto nas eleições dos States.

JF no seu melhor

Jorge Ferreira opina sobre a sua preferência nas eleições presidencias norte-americanas.

ARF no seu melhor

António Ribeiro Ferreira clama pela vitória de Bush, mas o problema é que não é norte-americano.

PP no seu melhor

Pacheco Pereira sentiu necessidade de confessar o seu voto, se fosse norte-americano, claro está.