A decisão da Alta Autoridade para a Comunicação Social ( AACS) tem três destinatários: os portugueses, o Primeiro- Ministro e o Presidente da República.
Ao afirmar que houve pressões ilegítimas no caso Marcelo/TVI, a AACS revela os contornos de um caso, que ocorre numa empresa privada, que deve merecer uma superior penalização. É fácil. Basta mudar de canal. Ou desligar a têvê.
Santana Lopes, à saída de Belém, disse, e muito bem, que as instituições não estariam a funcionar se houvesse uma prova das pressões. Ora, aqui estão elas. O Primeiro-Ministro deve assumir as consequências, demitindo Rui Gomes da Silva e Nuno Morais Sarmento, que teve mais uma triste prestação, no momento de comentar a decisão da AACS. Não o fazendo, os portugueses devem tirar as devidas conclusões nos momentos eleitorais.
O Presidente da República, mais uma vez, é chamado a assumir o lado difícl das suas altas funções. Não é só fazer pedagogia e diplomacia, entre dois croquetes e um discurso de Estado, com ou sem lágrima e murro na mesa. Se nada fizer, também neste caso, os portugueses têm de chegar à conclusão que chegou o momento, de o ajudar a terminar o seu mandato com dignidade.
Em Democracia é, assim, simples, muito simples.
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