Durão Barroso deve estar a rebolar a rir. A sua saída do Governo, no timing perfeito, ainda teve o mérito de criar as condições para liquidar o seu principal inimigo, Santana Lopes.
É verdade que este 'golpe' de mestre só foi possível com a colaboração de Jorge Sampaio. O Presidente da República, chamado a intervir num momento crítico, optou por uma decisão fácil e confortável. Deu continuidade à maioria, respeitando a formalidade da lógica jurídico-constitucional. Mas o resultado não podia ser outro, como muitos afirmaram. O país perdeu quatro meses e está à beira do abismo. O responsável chama-se Jorge Sampaio, mas o bode expiatório, obviamente, é o líder político das revistas do coração. Por ambição ou deslumbramento, Santana Lopes aceitou o presente envenenado, de peito aberto, apesar da herança desastrosa nas finanças públicas. Hoje, pouco importa, mas o que diriam alguns se Santana Lopes tivesse recusado a liderança do país?
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