terça-feira, novembro 30

A hora dos competentes

A crise governamental abriu espaço a todos os que criticaram Santana Lopes e Paulo Portas.
José Sócrates, cada vez mais agarrado ao passado, tem lugar na fila da frente.
Jerónimo de Sousa, que errou a sua primeira previsão, ao afirmar que não acreditava num rebate de consciência do Presidente da República, tem total legitimidade para enfrentar o eleitorado.
Do lado da maioria, Paulo Portas, que não tem rival conhecido no partido, pode apresentar trabalho feito, mas não escapa a ser apontado como o cúmplice de um ciclo político desastroso, que vai provocar uma revolução na direita portuguesa.
Por fim, Santana Lopes, ele mesmo. Em todo o seu esplendor, igual a si próprio.
Incapaz de enfrentar a turba de críticos, poderosos e não poderosos, a quem deu os argumentos suficientes para a realização do seu funeral político, Santana Lopes tem de tirar todas as ilações políticas do chumbo presidencial.
O líder do PPD-PSD deve dar lugar a todos os 'competentes' do partido. Os que falaram e os que se refugiaram no silêncio. Deveriam ser esses, os iluminados, a apresentar uma alternativa ao eleitorado. Com um novo programa, com novos rostos e com uma nova ambição. Isto sim, seria uma atitude em nome de Portugal, que afastaria qualquer tipo de dúvidas sobre o carácter oportunista e táctivo de algumas críticas violentas em relação ao Governo liderado por Santana Lopes.

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