quarta-feira, outubro 20

A velha táctica


De acordo com o ministro de Estado e da Presidência, definir o modelo para a televisão pública passa por fazer respeitar os vários públicos e essa responsabilidade deve ser do Governo porque este tem também “que responder pelo seu acerto e desacerto”.“A concretização da programação e da informação é da responsabilidade da administração e das direcções”, salientou Morais Sarmento, afirmando que a sua frase sobre “limites à independência” dos operadores públicos “descontextualizada dá uma ideia errada”.“Os limites a que me referia são os limites da função reguladora, os limites da lei e os limites da ética e da deontologia da comunicação social”, disse.Durante a sua intervenção em plenário, o ministro da Presidência tinha já acusado a oposição, em especial o PS, de confundir “a definição do modelo com a intervenção nas redacções porque durante muito tempo modelo não definiu e o que fez foi procurar intervir nas redacções”.“Nenhum jornalista ou director de informação poderá dizer que houve da minha parte qualquer tentativa de condicionamento”, acrescentou.Questionado pela oposição sobre a notícia do Expresso de que estaria a avaliar o director de informação da RTP para decidir sobre a sua continuidade, Morais Sarmento garantiu que o Governo “não fez, não faz e não fará qualquer interferência” nos poderes da administração da televisão pública “como a exoneração dos responsáveis pelo serviço público”.“Só pode ser uma brincadeira dizer que o Governo avalia directores de informação”, disse depois o ministro aos jornalistas, escusando-se a dar a sua opinião sobre a informação da estação e adiantando que “é a administração da RTP que tem de responder” sobre esse assunto.Quanto à “cumplicidade” entre os jornais Expresso e Público e o ex-comentador da TVI Marcelo Rebelo de Sousa contra o Governo, sugerida terça-feira pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Morais Sarmento não quis comentar o assunto. LUSA

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