O jornal “A Capital” decidiu tomar uma posição editorial sobre as próximas eleições dos Estados Unidos da América. É uma decisão polémica que, pelo menos, tem o mérito de relançar o debate sobre a relação dos media com o poder político.
Uma posição editorial transparente serve os objectivos de uma comunicação social credível e responsável, que encara os consumidores como pessoas inteligentes e capazes de distinguir entre a informação e a publicidade.
A afirmação de uma posição sobre temas políticos, económicos e sociais não compromete a isenção e a independência dos jornalistas. Apenas os responsabiliza ainda mais, obrigando-os a um nível de exigência superior, de forma a evitar a confusão entre a notícia, a opinião e a cruzada.
Qualquer exagero ou manipulação pode, e deve, ser penalizado, pelo mercado.
Cabe aos consumidores a escolha entre um órgão de informação e um panfleto.
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