O poder político e as empresas de construção e obras públicas têm uma velha aliança, que é transversal a todos os partidos, a todas as lideranças e à generalidade dos governos.
A classe dirigente, em geral, e os jovens políticos, em particular, descobriram a chave do sucesso, pelo menos de curto prazo, ao perceberem que os grandes empreendimentos e os grandes eventos têm a vantagem de casar o desenvolvimento, os lucros empresariais, os votos e a projecção internacional. O problema é que depois da festa, sempre próxima de períodos eleitorais, alguém tem de assumir a factura da despesa.
A Expo'98, o Euro 2004 e o Polis, - para não falar de outros casos mais antigos, como o Centro Cultural de Belém e a Ponte Vasco da Gama -, são exemplos que deviam ser devidamente analisados, para não se repetirem os verdadeiros festins despesistas que não se podem confundir com investimentos estruturais e estruturantes. Basta verificar o crescimento do défice para perceber os atentados que se têm perpetrado, impunemente, nos últimos anos.
Com a chegada do novo Executivo, liderado por um jovem político, a bolsa dá sinais de animação, pelo segundo dia consecutivo, em relação à Mota-Engil. É um sinal ainda fraco, mas revela, no mínimo, uma grande expectatativa em relação aos mega-projectos: OTA, TGV e SCUT's.
Quem já se esqueceu das palavras inaceitáveis de Jooquim Fortunato, presidente da AECOP's?
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