Os “mecanismos de domesticação” dos jornalistas
"Maus media, bons jornalistas?”
Foi com esta perplexidade que Jorge Wemans, director de comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian, começou a sua intervenção na sessão de encerramento do ‘04 Encontro de Comunicação, referindo-se à diferença entre a mediocridade dos meios de comunicação e a credibilidade dos jornalistas.
O ex-director adjunto do Público incidiu o seu discurso sobre o jornalista, o papel que desempenha e, acima de tudo, aquele que deve desempenhar. Focou desde logo dois aspectos: a qualidade dos media em Portugal, em contraste com a qualidade que acredita terem os jornalistas nacionais, e o facto de o nosso país estar repleto de corporações. Realça que os jornalistas, mesmo sendo considerados um quarto poder, não estão organizados numa corporação “pois não têm como objectivo o interesse particular acima do geral”.
“Nos últimos vinte anos, a profissão de jornalista sofreu um forte choque tecnológico”, defendeu Jorge Wemans, realçando que o “exercício da profissão é um espaço de liberdade e de responsabilidade individual”.
Fixando o discurso na liberdade do jornalista, o orador sustentou que “não há mecanismos de aprisionamento, mas existem sim, mecanismos de domesticação”. Deu o exemplo da crescente valorização da obtenção de lucro por parte dos meios de comunicação, o facto de se seleccionar apenas um certo tipo de notícias, a dedicação às audiências e não ao público e, por fim, a escrita para agradar as fontes.
Perante uma audiência constituída, maioritariamente, por futuros profissionais de jornalismo, o director de comunicação da Fundação Gulbenkian, enunciou seis das qualidades fundamentais para o exercício de um bom jornalismo. Os “jornalistas devem ser pessoas curiosas”, ter conhecimento sobre as técnicas de redacção, da actualidade, dos assuntos que tratam, seguir “um correcto comportamento deontológico” e ter como segredo uma boa carteira com fontes credíveis. Concluindo que quem cultiva as referidas particularidades “tem futuro”, pois, “a comunicação social é um enorme mar, a informação é um copo de água e uma gota desse copo é o jornalismo”.
Finalizou o seu discurso focando dois grandes problemas do jornalismo, “a confusão na distinção entre público e audiência” e o “aumento considerável do poder e da sofisticação das fontes nos últimos quinze anos”.
O ex-director adjunto do Público incidiu o seu discurso sobre o jornalista, o papel que desempenha e, acima de tudo, aquele que deve desempenhar. Focou desde logo dois aspectos: a qualidade dos media em Portugal, em contraste com a qualidade que acredita terem os jornalistas nacionais, e o facto de o nosso país estar repleto de corporações. Realça que os jornalistas, mesmo sendo considerados um quarto poder, não estão organizados numa corporação “pois não têm como objectivo o interesse particular acima do geral”.
“Nos últimos vinte anos, a profissão de jornalista sofreu um forte choque tecnológico”, defendeu Jorge Wemans, realçando que o “exercício da profissão é um espaço de liberdade e de responsabilidade individual”.
Fixando o discurso na liberdade do jornalista, o orador sustentou que “não há mecanismos de aprisionamento, mas existem sim, mecanismos de domesticação”. Deu o exemplo da crescente valorização da obtenção de lucro por parte dos meios de comunicação, o facto de se seleccionar apenas um certo tipo de notícias, a dedicação às audiências e não ao público e, por fim, a escrita para agradar as fontes.
Perante uma audiência constituída, maioritariamente, por futuros profissionais de jornalismo, o director de comunicação da Fundação Gulbenkian, enunciou seis das qualidades fundamentais para o exercício de um bom jornalismo. Os “jornalistas devem ser pessoas curiosas”, ter conhecimento sobre as técnicas de redacção, da actualidade, dos assuntos que tratam, seguir “um correcto comportamento deontológico” e ter como segredo uma boa carteira com fontes credíveis. Concluindo que quem cultiva as referidas particularidades “tem futuro”, pois, “a comunicação social é um enorme mar, a informação é um copo de água e uma gota desse copo é o jornalismo”.
Finalizou o seu discurso focando dois grandes problemas do jornalismo, “a confusão na distinção entre público e audiência” e o “aumento considerável do poder e da sofisticação das fontes nos últimos quinze anos”.
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