quarta-feira, março 30

agressão de Álvaro Costa Leite a jornalista da SIC

Vicaima: Bloco de Esquerda questiona Governo sobre actuação da GNR
Lisboa, 30 Mar
O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Governo sobre se pretende instaurar um inquérito à actuação da GNR junto à empresa Vicaima, terça-feira, durante uma acção de protesto de ambientalistas.Num requerimento dirigido ao ministro da Administração Interna, António Costa, a deputada do BE Alda Macedo critica a GNR por não ter identificado os administradores da empresa de Vale de Cambra, Aveiro, acusados de terem agredido um jornalista da SIC e um ambientalista.“Tenciona ordenar a abertura de um inquérito para apurar as razões comportamentais da GNR no sentido de averiguar a existência de alguma infracção disciplinar por parte dos soldados intervenientes na ocorrência?”, questiona Alda Macedo no requerimento entregue na Assembleia da República.Na terça-feira, activistas da organização internacional Greenpeace, apoiados pela Quercus, acorrentaram-se ao portão da Vicaima para alertar contra a transformação de madeira abatida clandestinamente na Amazónia brasileira, numa acção que ficou marcada por agressões de administradores da empresa a um operador de imagem da SIC e a um ambientalista.Na sequência de uma queixa da administração da Vicaima, a GNR no local identificou e levou à presença do juiz nove activistas, que vão ser julgados no dia 16 de Abril.Os administradores da empresa acusados de terem agredido um ambientalista da Quercus e o jornalista da SIC não foram presentes ao juiz.No requerimento, a deputada bloquista considerou que o comportamento da GNR revelou “uma atitude de clara subserviência perante uma relação de poder equívoca e anti-democrática”.“Os elementos da GNR foram céleres a identificar os activistas e participantes na acção, tendo conduzido os mesmos perante o juiz territorialmente competente”, refere, no requerimento.“No entanto, as mesmas forças militares, perante o comportamento agressivo e manifestamente ilícito por parte dos administradores da empresa em causa, limitaram-se a aconselhar calma aos senhores administradores”, afirma Alda Macedo.“De acordo com o preceituado, a GNR teria que conduzir os autores das públicas e notórias ofensas à integridade física das pessoas”, acrescenta a deputada.No requerimento, Alda Macedo questiona ainda o Governo “se houve instruções por parte da cadeia de comando que levassem os soldados da GNR a agirem da forma descrita”.

SF/MSO
Lusa/Fim

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