É comum, entre nós, ouvir muitas e boas declarações pias deste ou daquele barão partidário quando está à beira de assumir um tacho governamental ou a administração de uma grande empresa pública. Normalmente, invocam o serviço de missão e o grande sacrifício pessoal.
Curiosamente, nos momentos mais difíceis, em que não há benesses para ninguém, e em que mais se justifica a nobreza dos que se dedicam desinteressadamente à causa pública, é vê-los escapulirem-se, em passo acelerado, tentando que ninguém se lembre deles.
Hoje, com os dois principais partidos da direita derrotados e órfãos, é triste constatar que as principais personalidades da direita, do alto dos seus magníficos cadeirões, públicos ou privados, se limitam a empurrar os pequenos e os grandes ambiciosos para uma longa travessia do deserto.
É pena!
A maioria absoluta do PS e a inexperiência do primeiro-ministro indigitado mereciam uma outra atitude das principais referências do PSD e do CDS. Nunca uma oposição credível e competente foi tão necessária, em Portugal.
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