Depois do lamentável episódio das férias, no Quénia, enquanto o país ardia, José Sócrates teve que dar o braço a torcer. Finalmente, desceu ao terreno para constatar a desgraça que está a afectar milhares e milhares de portugueses.
Numa manobra politiqueira, a primeira palavra do primeiro-ministro não foi para as vítimas da incúria deste governo, que não consegue implementar os planos e garantir os meios para garantir a segurança de pessoas e de bens.
Gorada a tentativa descarada de condicionar os meios da comunicação social, numa espécie de apelo desinteressado para não passarem as imagens dos fogos, como se fosse possível abafar a calamidade que está a devastar Portugal, e face às sucessivas denúncias de falta de meios dos bombeiros, entre outras acusações graves que têm passado entre as lágrimas da tragédia, José Sócrates foi ao terreno para, calculadamente, tentar calar o desespero dos soldados da paz.
As condições climatérias adversas eram previsíveis, mas o chefe do governo continua a tentar disfarçar um erro político colossal com piruetas para todos os gostos.
Os elogios do primeiro-primeiro aos bombeiros, que tentam compensar com o seu esforço um sistema que não lhes dá meios, cheiram a demagogia.
Os portugueses não lhe vão perdoar, tal como não perdoaram aos seus antecessores.
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