A realização de um referendo sobre a nova constituição europeia, em simultâneo com as autárquicas, é mais um acto de cobardia do poder político e institucional.
O pavor de uma elevada taxa de abstenção num referendo sobre a Europa não se esconde com outras eleições. Muito pelo contrário, até pode funcionar ao contrário.
A construção da união política, financeira e social, que sempre se realizou nas costas dos cidadãos, impulsionada por uma espécie de conclave de iluminados, sempre muito influentes e poderosos, tem sido o principal inimigo da consolidação do maior bloco comercial do mundo.
Se a realidade portuguesa, tal como a de outros países europeus, espelha o divórcio entre o povo e a classe política, hoje, o distanciamento entre os europeus e as instituições da União Europeia são indisfarçáveis.
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