A aprovação, ontem, em Conselho de Ministros, de uma proposta de lei que estabelece um limite de 12 anos consecutivos à duração do exercício de funções pelo primeiro-ministro e pelos presidentes dos Governos Regionais, bem como aos mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais, é a revelação da falência do modelo de regime representativo, à portuguesa.
Trinta anos depois da restauração da Democracia, a classe política entendeu que devia ter o atrevimento de limitar a vontade popular.
É uma vergonha, mas é necessário. Do mal, o menos. Os arautos da limitação dos mandatos, que funcionam e promovem o pior que há nos aparelhos partidários, como não têm coragem para fazer uma renovação a montante, com frontalidade e liberdade, limitam-se a impor uma espécie de lei de nojo para evitar o pior.
A única vantagem desta iniciativa é o sinal que manda para a sociedade, nomeadamente para alguns sectores, em que reinam outras espécies de dinossauros e há muito tempo.
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