Um batimento irresistível
Santana Lopes deixou os portugueses perplexos quando comparou o número de governos de Portugal e de Espanha, nos últimos 28 anos: Espanha 4 - Portugal 16.
Aqui está uma estatística que devia fazer reflectir a classe política, nomeadamente os competentes e os incompetentes.
1 comentário:
Caro Rui,
Posso até perceber o alcance da comparação, mas como é hábito em Santana Lopes, qualquer coisa não bate certo. Se a Espanha é uma democracia há 28 anos (resta saber se consideramos a 'transição' como democracia ou não...), e se os Governos são eleitos a cada quatro anos,como se explica que só tenha havido 4 Governos na Moncloa? Quererá dizer 4 primeiros-ministros? Talvez (Suárez, González, Aznar e Zapatero). Quatro Governos é que não...
Em Portugal houve, de facto, mais primeiros-ministros e mais Governos. Os primeiros (os que não conheceram a morte em funções, como Sá Carneiro e Mota Pinto), ou foram demitidos (Balsemão e Santana), ou fugiram (Soares para a Presidência, Cavaco para o tabú, Guterres para a Internacional Socialista, Durão para Bruxelas). Os Governos que não chegaram ao fim do mandato caíram de podres, como este. O problema, quanto a mim, é que os que fugiram reservaram para si um Olimpo de onde fazem emanar opiniões piedosas sobre a estúltícia da pátria. E para o Olimpo ninguém os elegeu...
Abraço
p
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