O melhor
Portugal dos Pequeninos
O polémico
Glória Fácil
A memória
Tomar Partido
A revelação
Mau Tempo no Canil
A confirmação
Bloguitica
sexta-feira, dezembro 31
quinta-feira, dezembro 30
As grandes cabeças (5)
Uma prova de resistência.
O novo secretário-geral do PCP tem pela frente dias difícieis. É verdade que tem um trunfo importante: a capacidade de dar uns passos de dança. A limpeza de militantes menos ortodoxos nas listas acabou por não se concretizar, o que permite conceder o benefício da dúvida a Jerónimo de Sousa.
O novo secretário-geral do PCP tem pela frente dias difícieis. É verdade que tem um trunfo importante: a capacidade de dar uns passos de dança. A limpeza de militantes menos ortodoxos nas listas acabou por não se concretizar, o que permite conceder o benefício da dúvida a Jerónimo de Sousa.
As grandes cabeças (4)
O momento da verdade.
Francisco Louça está à beira de enfrentar a sua prova de fogo. Depois de ter alcançado a eleição de três deputados, em 2002, com Fernando Rosas a falhar a eleição por uma unha negra, em Setúbal, o Bloco de Esquerda tem de convencer os seus eleitores que não vai ser uma muleta do PS. E mais. Que não está disponível para entrar na dança de cadeiras do poder.
Francisco Louça está à beira de enfrentar a sua prova de fogo. Depois de ter alcançado a eleição de três deputados, em 2002, com Fernando Rosas a falhar a eleição por uma unha negra, em Setúbal, o Bloco de Esquerda tem de convencer os seus eleitores que não vai ser uma muleta do PS. E mais. Que não está disponível para entrar na dança de cadeiras do poder.
As grandes cabeças (3)
Uma dúvida fatal.
Paulo Portas ainda não anunciou as listas do CDS-PP. Todos garantem que o líder do CDS-PP vai concorrer por Viana do Castelo, mas ainda não há confirmação oficial. De facto, seria interessante assistir a uma campanha de Portas num terreno em que o CDS-PP não tem a eleição garantida. Apesar dos milhões e milhões de euros que a Defesa enviou para os estaleiros locais.
Paulo Portas ainda não anunciou as listas do CDS-PP. Todos garantem que o líder do CDS-PP vai concorrer por Viana do Castelo, mas ainda não há confirmação oficial. De facto, seria interessante assistir a uma campanha de Portas num terreno em que o CDS-PP não tem a eleição garantida. Apesar dos milhões e milhões de euros que a Defesa enviou para os estaleiros locais.
As grandes cabeças (2)
Um filme surrealista no Minho e no nordeste transmontano.
Luís Filipe Meneses, em Braga, e Duarte Lima, em Bragança, já mereceram a respectiva contestação local. O ainda presidente da Câmara de Vila Nova de gaia já prometeu que vai ser o imperador das feiras. Vá lá, podia dar para pior. O ex-líder da bancada parlamentar do PSD, em pleno consulado cavaquista, é que ainda não revelou o que vai fazer, mas teme-se o pior: uma mão cheia de concertos nas igrejas locais.
Luís Filipe Meneses, em Braga, e Duarte Lima, em Bragança, já mereceram a respectiva contestação local. O ainda presidente da Câmara de Vila Nova de gaia já prometeu que vai ser o imperador das feiras. Vá lá, podia dar para pior. O ex-líder da bancada parlamentar do PSD, em pleno consulado cavaquista, é que ainda não revelou o que vai fazer, mas teme-se o pior: uma mão cheia de concertos nas igrejas locais.
As grandes cabeças (1)
Vai ser lindo!
Matilde Sousa Franco é uma das estrelas da próxima campanha eleitoral. A cabeça de lista pelo PS, em Coimbra, não é de modas. Nem vai ser fácil controlá-la. O aparelho partidário, sempre solícito e disponível em garantir que não há desvios em relação à linha oficial, vai ter trabalho reforçado.
Matilde Sousa Franco é uma das estrelas da próxima campanha eleitoral. A cabeça de lista pelo PS, em Coimbra, não é de modas. Nem vai ser fácil controlá-la. O aparelho partidário, sempre solícito e disponível em garantir que não há desvios em relação à linha oficial, vai ter trabalho reforçado.
terça-feira, dezembro 28
O valor da rede
O desastre natural que fustigou o sudeste asiático revelou, mais uma vez, a importância da Internet. Um mail, um site e um blog podem fazer toda a diferença, para quem foi apanhado pela fúria da natureza ou para quem desespera por notícias de um amigo ou de um familiar perdido no outro lado do mundo. A criação de uma base de dados com os nomes dos desaparecidos já não é uma tarefa exclusiva das autoridades. Hoje, cada um, pode contribuir, com um pequeno gesto que demora um segundo, alertando para o recenseamento de alguém que ainda não deu sinal de vida, 48 horas depois da tragédia, facilitando a possibilidade da sua localização e identificação.
Apesar do período de férias, que tem reduzido a blogosfera portuguesa aos serviços mínimos, são vários os contributos:
Cibertúlia - Campanha de solidariedade
Fumaças - Apelo da Cruz Vermelha
Janela Para O Rio - Cruz Vermelha Internacional
Portugal dos Pequeninos - A reflexão oportuna
Último Reduto - As queixas dos portugueses
Amor e Ócio - Para ouvir
Sobre o Tempo que Passa - Não basta um minuto de silêncio
O Observador - Tudo sobre Tsunamis
Enresinados - Sobre o fim
João Tilly - A escala de Richter
Avatares de um desejo - Da inutilidade das palavras
Blogue de Esquerda - As imagens dos diários
O Acidental - Página oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português
Troll Urbano - Um exemplo
Apesar do período de férias, que tem reduzido a blogosfera portuguesa aos serviços mínimos, são vários os contributos:
Cibertúlia - Campanha de solidariedade
Fumaças - Apelo da Cruz Vermelha
Janela Para O Rio - Cruz Vermelha Internacional
Portugal dos Pequeninos - A reflexão oportuna
Último Reduto - As queixas dos portugueses
Amor e Ócio - Para ouvir
Sobre o Tempo que Passa - Não basta um minuto de silêncio
O Observador - Tudo sobre Tsunamis
Enresinados - Sobre o fim
João Tilly - A escala de Richter
Avatares de um desejo - Da inutilidade das palavras
Blogue de Esquerda - As imagens dos diários
O Acidental - Página oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português
Troll Urbano - Um exemplo
quinta-feira, dezembro 23
E ninguém trava isto?
A solução para conter o défice, aparentemente, está encontrada. Bagão Félix, às 17, foi à Caixa, neste caso um dos maiores bancos europeus. Vítor Martins, presidente da CGD, obviamente, bateu com a porta.
A não perder
Há artigos de opinião que merecem ser lidos com atenção. É o caso da reflexão assinada por Rui Valada Aqui
Basta!
O país está mergulhado numa espécie de jogo-do-vale-tudo. A pouca vergonha não tem limites:
1º - O Governo publicita uma cartilha duvidosa sobre o Orçamento, nalguns jornais diários, em segredo. Será que escolheram os 'amigos'?
2º - A meio da tarde, de ontem, Morais Sarmento, o ministro que queria implementar a Central de Informações, admite que o suplemento custou 100 mil euros;
3º - O porta-voz do PS, um jovem politicamente desconhecido, que se chama Pedro Silva Pereira, vem clamar contra o despesismo, tendo a suprema lata de associar a derrapagem do défice à despesa da publicitação do suplemento sobre o Orçamento;
4º - O Tribunal de Contas, de acordo com a análise da Conta Geral do Estado, de 2003, admite a possibilidade de o défice de 2,8%, da responsabilidade de Manuela Ferreira Leite, ser falso;
5 º - Uma conferência de imprensa do ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, é cancelada à última da hora, por ordem do gabinete do Primeiro-Ministro;
6º - Hoje, Santana Lopes reafirma a confiança em Luís Nobre Guedes, depois de um ultimato de um dos ministros mais influentes do CDS-PP;
7º - Morais Sarmento, depois do Conselho de Ministros, de hoje, remete para uma conferência de imprensa, às 17, no Ministério das Finanças, toda a verdade sobre a solução para conter o défice nos 3%.
Em suma, as últimas 24 horas são reveladoras do estado a que chegou o país. O clima não é de instabilidade, é de total bandalheira. Não há favorecidos nem prejudicados. Há um país que parece um atoleiro.
1º - O Governo publicita uma cartilha duvidosa sobre o Orçamento, nalguns jornais diários, em segredo. Será que escolheram os 'amigos'?
2º - A meio da tarde, de ontem, Morais Sarmento, o ministro que queria implementar a Central de Informações, admite que o suplemento custou 100 mil euros;
3º - O porta-voz do PS, um jovem politicamente desconhecido, que se chama Pedro Silva Pereira, vem clamar contra o despesismo, tendo a suprema lata de associar a derrapagem do défice à despesa da publicitação do suplemento sobre o Orçamento;
4º - O Tribunal de Contas, de acordo com a análise da Conta Geral do Estado, de 2003, admite a possibilidade de o défice de 2,8%, da responsabilidade de Manuela Ferreira Leite, ser falso;
5 º - Uma conferência de imprensa do ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, é cancelada à última da hora, por ordem do gabinete do Primeiro-Ministro;
6º - Hoje, Santana Lopes reafirma a confiança em Luís Nobre Guedes, depois de um ultimato de um dos ministros mais influentes do CDS-PP;
7º - Morais Sarmento, depois do Conselho de Ministros, de hoje, remete para uma conferência de imprensa, às 17, no Ministério das Finanças, toda a verdade sobre a solução para conter o défice nos 3%.
Em suma, as últimas 24 horas são reveladoras do estado a que chegou o país. O clima não é de instabilidade, é de total bandalheira. Não há favorecidos nem prejudicados. Há um país que parece um atoleiro.
quarta-feira, dezembro 22
Análise à Conta Geral do Estado
O Tribunal de Contas admite que o valor do défice público de 2003, de 2,8%, pode ser falso. O órgão liderado por Alfredo José de Sousa considera que «persistem [nas contas públicas] práticas de desorçamentação, deficiências no sistema de apuramento das receitas e despesas públicas, desconformidade do registo de algumas operações com os princípios contabilísticos vigentes e inclusão de valores considerados não definitivos».
O Tribunal de Contas admite que o valor do défice público de 2003, de 2,8%, pode ser falso. O órgão liderado por Alfredo José de Sousa considera que «persistem [nas contas públicas] práticas de desorçamentação, deficiências no sistema de apuramento das receitas e despesas públicas, desconformidade do registo de algumas operações com os princípios contabilísticos vigentes e inclusão de valores considerados não definitivos».
Sobe e Desce da Blogosfera
O melhor instantâneo
De boca aberta
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O valente de Castelo Branco
Para esquecer
É preciso ter lata (1)
É preciso ter lata (2)
De boca aberta
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O valente de Castelo Branco
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É obra
Uma campanha publicitária para explicar um Orçamento que foi aprovado depois de o Presidente ter decidido dissolver a Assembleia da República.
terça-feira, dezembro 21
...meia confusão basta
A ministra da Cultura, Maria João Bustorff, veio a terreiro, garantir que o Governo vai assumir o passivo total da Casa da Música, no Porto. Afinal, tudo não passou de um mal-entendido.
Nem demitido, por indecente e má figura, o Governo acaba com as trapalhadas.
Nem demitido, por indecente e má figura, o Governo acaba com as trapalhadas.
Para bom entendedor...
Ainda antes da campanha eleitoral começar, está dado o primeiro sinal de confronto entre o PSD e o CDS: a Casa da Música
Rui Rio, presidente da Câmara do Porto e vice-presidente do PSD, acusa o Governo de romper um compromisso político que previa que o Estado assumisse o passivo total da Casa da Música, SA. Bagão Félix, ministro das Finanças, indicado pelo CDS, agora, só está disponível para assumir uma determinada parte do passivo.
Sobe e Desce da Blogosfera
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A frase do ano
Agonia
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Um político com azar
Para esquecer
Uma piada política
A frase do ano
Agonia
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Um político com azar
Para esquecer
Uma piada política
Última hora - exclusivo
O país aguarda, ansiosamente, por um artigo de opinião de Cavaco Silva para explicar o negócio chumbado por Bruxelas.
Cair na real
O clima de festa, o despesismo irresponsável e o síndrome Guiness representam uma factura que a maior parte dos portugueses desconhecia.
Como refere o JF, no seu artigo Os Maiores, há qualquer coisa que não bate certo.
Como refere o JF, no seu artigo Os Maiores, há qualquer coisa que não bate certo.
Já chega
A questão do tratamento dos resíduos já começa a cheirar mal.
Definitivamente, em relação à melhor opção, o debate tem sido feito nos últimos quatro anos.
Chegou a vez de passar à acção, adoptando medidas concretas, para salvaguardar o ambiente.
O próximo Governo, e não este, que está em gestão, deve avançar com uma solução definitiva.
Os portugueses sabem que se votarem no PS optam pela co-incineração, se votarem no PSD e no CDS optam pelos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos.
Definitivamente, em relação à melhor opção, o debate tem sido feito nos últimos quatro anos.
Chegou a vez de passar à acção, adoptando medidas concretas, para salvaguardar o ambiente.
O próximo Governo, e não este, que está em gestão, deve avançar com uma solução definitiva.
Os portugueses sabem que se votarem no PS optam pela co-incineração, se votarem no PSD e no CDS optam pelos Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos.
segunda-feira, dezembro 20
Corrida às receitas extraordinárias
Bruxelas chumbou a criatividade de Bagão Félix, a grande montra do profissionalismo do CDS-PP. Afinal, o Orçamento do Governo e do Presidente, aprovado por uma Assembleia sem legitimidade política, não é assim tão bom.Não há nada que não aconteça a este Governo.
Um lugar exclusivo
Há muito tempo que não demito alguém
O Presidente da República, Jorge Sampaio, chamou Santana Lopes e Bagão Félix a Belém, segundo a Sic Notícias. Será que é por causa do bacalhau que seguiu para a Bósnia?
Sobe e desce da Blogosfera
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O outdoor de Santana
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Assis, mas nem tanto
Para esquecer
O professor-salvador
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O professor-salvador
Ceia com todos
Paulo Portas não esquece os militares que se encontram em missão no estrangeiro. O contingente português na Bósnia, do 2º Batalhão de Infantaria Mecanizado, que termina o seu mandato em Janeiro, tem direito a uma ceia de Natal vinda de Lisboa, onde se contam cem quilos de bacalhau graúdo e dezenas de garrafas de vinho tinto do Douro.
O circo
Há algo de misterioso e de grandioso no circo.
Habitualmente, no vocabulário do jornalismo político, a palavra circo é associada à falta de palavra, às trapalhadas e aos truques sujos, por exemplo, aos momentos mais esdrúxulos da governação da dupla Santana/Portas. Nunca consegui compreender por que razão se faz esta associação malévola e injusta ao espectáculo mais fascinante do mundo.
sexta-feira, dezembro 17
Um resultado esmagador
Cerca de 70% dos portugueses acham que o PS vai ganhar, de acordo com uma sondagem divulgada pela SIC/Expresso, da responsabilidade da Eurosondagem. E as intenções de voto não deixam quaisquer dúvidas Aqui. Definitivamente, ainda não estou convencido que vai haver uma banhada eleitoral.
Uma decisão histórica
Pergunta fatal
Será que Paulo Pereira Coelho se vai demitir depois de Daniel Sanches o ter desautorizado? Ou melhor, será que se pode demitir? Ou ainda, será que vai abandonar a secretaria de Estado?
Sobe e desce da Blogosfera
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Um retrato certeiro
Um estudo oportuno
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Poeiradas
Para esquecer
Disputas culturais
Um retrato certeiro
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Disputas culturais
A net está a dar
Quatro em dez famílias portuguesas têm computador e 26 por cento acedem à Internet a partir de casa, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Entre 2002 e 2004, há um crescimento médio anual de 25 por cento em relação ao computador (de 27 para 41) e de 33 por cento para a Internet (de 15 para 26).
Jogada
Pinto da Costa mudou.
Muitos anos depois de recusar, sistematicamente, deixar-se envolver na batalha partidária, o presidente do FCP, agora, deixou uma ameaça no ar: Vai enfrentar Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto.
É uma decisão legítima, que surge no preciso momento em que Pinto da Costa se defende na Justiça. A breve prazo, será possível compreender se Pinto da Costa optou pela fuga em frente ou pela grande marcha para tomar, democraticamente, o poder.
Muitos anos depois de recusar, sistematicamente, deixar-se envolver na batalha partidária, o presidente do FCP, agora, deixou uma ameaça no ar: Vai enfrentar Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto.
É uma decisão legítima, que surge no preciso momento em que Pinto da Costa se defende na Justiça. A breve prazo, será possível compreender se Pinto da Costa optou pela fuga em frente ou pela grande marcha para tomar, democraticamente, o poder.
Datas importantes
Detesto efemérides, mas tenho de admitir que o Jorge Ferreira presta um bom serviço quando recorda determinados acontecimentos Aqui.
A liberdade de expressão
O debate lançado pelo Barnabé, sobre os comentários, merece reflexão.
Apesar de alguns anónimos se servirem dos comentários para despejar a sua cobardia, a internet deve continuar a ser um hino à liberdade de expressão.
O Daniel Oliveira percebeu, e ainda bem, que a abertura de um espaço para os comentários faz parte do espírito e da essência da blogosfera.
Esta atitude não deve ser confundida com tolerância ou passividade.
O terrorismo de opinião é outra coisa, mais complexa, que deve merecer uma resposta firme e organizada. Limpar o lixo é uma tarefa aborrecida, certamente, mas alguém tem de o fazer. Seja na internet ou no dia-a-dia de qualquer sociedade.
O que é inaceitável é responder ao lixo com outro tipo de lixo. É retorquir ao insulto com mais insultos.
Responder a cada comentário anónimo, como se fosse uma opinião verdadeira e legítima, é ceder ao jogo do inimigo, é transformar a blogosfera numa pocilga.
A evolução tecnológica encarregar-se-à de limar estas arestas que, por vezes, conseguem sujar o espaço da blogosfera.
É um preço que se tem de pagar.
Apesar de alguns anónimos se servirem dos comentários para despejar a sua cobardia, a internet deve continuar a ser um hino à liberdade de expressão.
O Daniel Oliveira percebeu, e ainda bem, que a abertura de um espaço para os comentários faz parte do espírito e da essência da blogosfera.
Esta atitude não deve ser confundida com tolerância ou passividade.
O terrorismo de opinião é outra coisa, mais complexa, que deve merecer uma resposta firme e organizada. Limpar o lixo é uma tarefa aborrecida, certamente, mas alguém tem de o fazer. Seja na internet ou no dia-a-dia de qualquer sociedade.
O que é inaceitável é responder ao lixo com outro tipo de lixo. É retorquir ao insulto com mais insultos.
Responder a cada comentário anónimo, como se fosse uma opinião verdadeira e legítima, é ceder ao jogo do inimigo, é transformar a blogosfera numa pocilga.
A evolução tecnológica encarregar-se-à de limar estas arestas que, por vezes, conseguem sujar o espaço da blogosfera.
É um preço que se tem de pagar.
quinta-feira, dezembro 16
quarta-feira, dezembro 15
Uma questão de 'rinocerontes'
Um diálogo na Madeira
Jacinto Serrão (PS): O discurso de duas horas e meia de Alberto João Jardim, proferido na terça- feira, é para adormecer rinocerontes.
Jaime Ramos (PSD): Rinoceronte és tu, que estavas a dormir.
Jacinto Serrão (PS): És um vendedor de sifões de retretes. Hoje, estás milionário como?
Jaime Ramos (PSD): Gatuno!
(O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira interrompeu os trabalhos plenários, durante quinze minutos).
Jacinto Serrão (PS): O discurso de duas horas e meia de Alberto João Jardim, proferido na terça- feira, é para adormecer rinocerontes.
Jaime Ramos (PSD): Rinoceronte és tu, que estavas a dormir.
Jacinto Serrão (PS): És um vendedor de sifões de retretes. Hoje, estás milionário como?
Jaime Ramos (PSD): Gatuno!
(O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira interrompeu os trabalhos plenários, durante quinze minutos).
Candidatura
Hoje é dia de eleições para o Sindicato dos Jornalistas.
Perante uma lista única, decidi não votar. Não gosto de unanimismos, apesar de reconhecer que uma parte da culpa da actual situação também me pertence. Mas não foi o único motivo. De facto, não me identifico com algumas das posições, ou até omissões, da actual direcção. Fica a promessa, pública, que farei tudo para promover e apresentar uma lista para o Sindicato de Jornalistas, nas próximas eleições.
Perante uma lista única, decidi não votar. Não gosto de unanimismos, apesar de reconhecer que uma parte da culpa da actual situação também me pertence. Mas não foi o único motivo. De facto, não me identifico com algumas das posições, ou até omissões, da actual direcção. Fica a promessa, pública, que farei tudo para promover e apresentar uma lista para o Sindicato de Jornalistas, nas próximas eleições.
Muito mais do que uma questão de amizade
O meu amigo João Pedro Henriques, um dos jornalistas talentosos da nossa praça, tem destas coisas, e ainda bem. Apoiar um amigo é nobre, interceder por um colega é normal, mas defender o indefensável não é aceitável.
Respondo ao JPH, revelando que também sou amigo do David, porventura não tanto, que o conheço como jornalista, talvez um pouco pior, e que não concedo que o debate seja condicionado por considerações supérfluas, ainda que legítimas, que não se confundem com a questão de fundo: os assessores e os jornalistas.
Dito isto, vamos ao filet mignon.
No caso vertente, a entrevista ao ministro Morais Sarmento, não tenho dúvidas em afirmar que David Dinis cometeu um erro. Prestou um mau serviço ao jornalismo. A minha apreciação não tem qualquer relação com o teor da entrevista, que, aliás, é reveladora da falta de imaginação do dirigente do PSD, e , eventualmente, do constrangimento do jornalista ao entrevistar um membro do Governo com quem trabalhou.
Mas é desajustado, e muito pobre, invocar a má-fé de terceiros - ainda que justificada -, dos que têm o direito a interpretar, comentar e criticar quem escreve, para defender que um ex-assessor possa entrevistar, quatro meses depois, um membro do governo com quem trabalhou, directa ou indirectamente.
O critério deve ser outro, sobretudo quando os jornalistas, sistematicamente, apontam o dedo aos ministros e altos responsáveis políticos, que ocupam lugares em empresas que tutelaram.
Os jornalistas devem salvaguardar a transparência, evitando tratarem matérias para as quais não têm, ou não sentem, o distanciamento necessário e suficiente. Fazer uma entrevista com um amigo ou com um inimigo é desaconselhável porque o jornalista está, emocionalmente, condicionado; tratar um tema, em que se é parte, é irresponsável e desonesto porque subverte o espírito de independência que deve caracterizar o exercício do jornalismo.
Não me choca que os jornalistas possam estar do outro lado do poder. Aceito que a experiência obtida ao lado do poder pode ser uma mais valia profissional. Vivendo e trabalhando ao lado dos governantes, aprende-se como é governar, simular e mentir. Este conhecimento permite ao jornalista, perante o fenómeno político-mediático, ter um músculo maior para separar o trigo do joio.
A questão ultrapassa a simples apreciação moralista e subjectiva.
Defendo regras claras, que não estejam sujeitas ao arbítrio, aos critérios de oportunidade e de amizade pessoal ou partidária. Sou favorável à separação de carreiras, como acontece, por exemplo, no Brasil.
Tudo o resto é uma questão de consciência. E, como tal, cabe a cada um, em cada momento, fazer a avaliação do que está em causa. Todavia, retirar a possibilidade de outros exercerem o direito de escrutínio sobre os actos dos jornalistas - ainda que representem jogos pessoais ou políticos, em que vale tudo, na maior parte das vezes muito pouco - é indefensável.
Respondo ao JPH, revelando que também sou amigo do David, porventura não tanto, que o conheço como jornalista, talvez um pouco pior, e que não concedo que o debate seja condicionado por considerações supérfluas, ainda que legítimas, que não se confundem com a questão de fundo: os assessores e os jornalistas.
Dito isto, vamos ao filet mignon.
No caso vertente, a entrevista ao ministro Morais Sarmento, não tenho dúvidas em afirmar que David Dinis cometeu um erro. Prestou um mau serviço ao jornalismo. A minha apreciação não tem qualquer relação com o teor da entrevista, que, aliás, é reveladora da falta de imaginação do dirigente do PSD, e , eventualmente, do constrangimento do jornalista ao entrevistar um membro do Governo com quem trabalhou.
Mas é desajustado, e muito pobre, invocar a má-fé de terceiros - ainda que justificada -, dos que têm o direito a interpretar, comentar e criticar quem escreve, para defender que um ex-assessor possa entrevistar, quatro meses depois, um membro do governo com quem trabalhou, directa ou indirectamente.
O critério deve ser outro, sobretudo quando os jornalistas, sistematicamente, apontam o dedo aos ministros e altos responsáveis políticos, que ocupam lugares em empresas que tutelaram.
Os jornalistas devem salvaguardar a transparência, evitando tratarem matérias para as quais não têm, ou não sentem, o distanciamento necessário e suficiente. Fazer uma entrevista com um amigo ou com um inimigo é desaconselhável porque o jornalista está, emocionalmente, condicionado; tratar um tema, em que se é parte, é irresponsável e desonesto porque subverte o espírito de independência que deve caracterizar o exercício do jornalismo.
Não me choca que os jornalistas possam estar do outro lado do poder. Aceito que a experiência obtida ao lado do poder pode ser uma mais valia profissional. Vivendo e trabalhando ao lado dos governantes, aprende-se como é governar, simular e mentir. Este conhecimento permite ao jornalista, perante o fenómeno político-mediático, ter um músculo maior para separar o trigo do joio.
A questão ultrapassa a simples apreciação moralista e subjectiva.
Defendo regras claras, que não estejam sujeitas ao arbítrio, aos critérios de oportunidade e de amizade pessoal ou partidária. Sou favorável à separação de carreiras, como acontece, por exemplo, no Brasil.
Tudo o resto é uma questão de consciência. E, como tal, cabe a cada um, em cada momento, fazer a avaliação do que está em causa. Todavia, retirar a possibilidade de outros exercerem o direito de escrutínio sobre os actos dos jornalistas - ainda que representem jogos pessoais ou políticos, em que vale tudo, na maior parte das vezes muito pouco - é indefensável.
terça-feira, dezembro 14
A reviravolta
É uma surpresa para muitos, uma separação esperada para alguns.
Com serenidade, responsabilidade e sentido de oportunidade, Santana Lopes e Paulo Portas revelaram uma parte da estratégia dos dois partidos para as próximas eleições de 20 de Fevereiro de 2005.
Certamente, José Sócrates, Jerónimo de Sousa e Francisco Loução perceberam, agora, que a vitória não está assim tão perto, nem vai ser tão fácil quanto esperavam e desejavam.
Com serenidade, responsabilidade e sentido de oportunidade, Santana Lopes e Paulo Portas revelaram uma parte da estratégia dos dois partidos para as próximas eleições de 20 de Fevereiro de 2005.
Certamente, José Sócrates, Jerónimo de Sousa e Francisco Loução perceberam, agora, que a vitória não está assim tão perto, nem vai ser tão fácil quanto esperavam e desejavam.
Sobe e desce da Blogosfera
O melhor instantâneo
O relógio da maioria
A seguir
As heranças à lupa
Para esquecer
É mesmo de mau gosto(1)
É mesmo de mau gosto (2)
O relógio da maioria
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As heranças à lupa
Para esquecer
É mesmo de mau gosto(1)
É mesmo de mau gosto (2)
Não há dois sem três
A realização de um terceiro almoço, entre Santana e Portas, pode representar a confirmação da continuidade da coligação PPD-PSD/CDS-PP.
O sítio mais indicado é, sem dúvida, a Feira Popular, em Entre-Campos.
O sítio mais indicado é, sem dúvida, a Feira Popular, em Entre-Campos.
A notícia do dia
Aqui está a manchete que está a animar a informação.
No próximo mês de Fevereiro, vamos saber quem disse a verdade.
No próximo mês de Fevereiro, vamos saber quem disse a verdade.
segunda-feira, dezembro 13
Sobe e Desce da Blogosfera
O melhor instantâneo
Uma questão de listas
A seguir
Um estado de alma
Para esquecer
Abandono sem hipótese
Uma questão de listas
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Um estado de alma
Para esquecer
Abandono sem hipótese
Está a dar
A venda de património do Estado é um assunto que merece o maior escrutínio, pelo que vale a pena destacar quem o aborda Aqui.
É da máxima importância saber como e a quem se estão a vender dezenas e dezenas de edifícios do Estado.
É da máxima importância saber como e a quem se estão a vender dezenas e dezenas de edifícios do Estado.
Uma comparação fatal
Santana Lopes deixou os portugueses perplexos quando comparou o número de governos de Portugal e de Espanha, nos últimos 28 anos: Espanha 4 - Portugal 16.
Aqui está uma estatística que devia fazer reflectir a classe política, nomeadamente os competentes e os incompetentes.
Aqui está uma estatística que devia fazer reflectir a classe política, nomeadamente os competentes e os incompetentes.
Uma sensação desagradável
A crise institucional parece ter chegado ao fim, com a aceitação presidencial do pedido de demissão apresentado por Santana Lopes.
Chegou a hora do balanço, após esta monumental trapalhada, que provocou grandes estragos na credibilidade dos órgãos de soberania e do regime democrático. Fica a estranha sensação de todos terem jogado um jogo, com base em interesse pessoais e partidários, indiferentes às necessidades do país.
Depois de ter empossado Santana Lopes e Paulo Portas, um erro momumental, agora admitido por todos, Jorge Sampaio não se livra da suspeição de ter agido para favorecer o PS.
O Primeiro-Ministro, de um governo de gestão - Ufa! -, sai fragilizado por um conjunto de incidentes, perdendo uma oportunidade de ouro para consolidar a sua credibilidade junto do eleitorado.
Paulo Portas também sai a perder, pois está associado a um período negro da governação. A hesitação em relação ao futuro da coligação é o espelho do embaraço que o desfecho da crise pode representar para o CDS-PP. Não é por acaso que, agora, um minuto para Portas vale mais de 72 horas.
A Assembleia da República vê consolidada a sua imagem de verbo de encher, sendo dissolvida por um Presidente que se revelou indiferente a uma maioria parlamentar.
O resultado é evidente: Portugal vive uma crise de regime, sem precedentes, na pior conjuntura interna de há muitos anos.
Chegou a hora do balanço, após esta monumental trapalhada, que provocou grandes estragos na credibilidade dos órgãos de soberania e do regime democrático. Fica a estranha sensação de todos terem jogado um jogo, com base em interesse pessoais e partidários, indiferentes às necessidades do país.
Depois de ter empossado Santana Lopes e Paulo Portas, um erro momumental, agora admitido por todos, Jorge Sampaio não se livra da suspeição de ter agido para favorecer o PS.
O Primeiro-Ministro, de um governo de gestão - Ufa! -, sai fragilizado por um conjunto de incidentes, perdendo uma oportunidade de ouro para consolidar a sua credibilidade junto do eleitorado.
Paulo Portas também sai a perder, pois está associado a um período negro da governação. A hesitação em relação ao futuro da coligação é o espelho do embaraço que o desfecho da crise pode representar para o CDS-PP. Não é por acaso que, agora, um minuto para Portas vale mais de 72 horas.
A Assembleia da República vê consolidada a sua imagem de verbo de encher, sendo dissolvida por um Presidente que se revelou indiferente a uma maioria parlamentar.
O resultado é evidente: Portugal vive uma crise de regime, sem precedentes, na pior conjuntura interna de há muitos anos.
sexta-feira, dezembro 10
Uma revelação
Jerónimo de Sousa surpreendeu na primeira entrevista concedida à RTP.
Aqui, um lugar totalmente insuspeito de simpatia com os comunistas, também se deu conta.
Aqui, um lugar totalmente insuspeito de simpatia com os comunistas, também se deu conta.
O discurso do Presidente
Ficou por explicar, cabalmente, o penoso silêncio, durante uma semana e meia, e a opção por um orçamento em que não confia.
A única nota positiva vai para o facto de ter adoptado uma atitude de humildade democrática.
Este podia ter sido o discurso de Julho passado.
As contradições apontadas ficaram ainda mais sustentadas.
O melhor Berlusconi
O Primeiro-Ministro italiano obteve uma vitória importante. No entanto, recomenda-se uma leitura atenta do resumo da sentença judicial.
Sobe e Desce da Blogosfera
O melhor instantâneo
O Abramovich lusitano
Paradigmático
A seguir
Olh'ó passarinho
Para esquecer
Uma questão de safras
O Abramovich lusitano
Paradigmático
A seguir
Olh'ó passarinho
Para esquecer
Uma questão de safras
Um dia triste
Manso Preto foi condenado a onze meses de prisão com pena suspensa durante três anos por ter recusado revelar em tribunal as suas fontes enquanto testemunha num processo de tráfico de droga. A decisão da primeira instância, que está dependente de recurso judicial, é muito mais importante do que o caso Marcelo/TVI. Ainda que coberta pela chancela de um Tribunal, a condenação é uma tentativa escandalosa de intimidação sobre todos os que exercem o jornalismo com liberdade e responsabilidade.
Tal como a questão sobre o aborto, o caso Manso Preto também devia merecer um amplo debate, e, sobretudo, a atenção presidencial, quiçá, uma audiência em Belém. Mas o colaborador do Expresso é apenas mais um jornalista. Nem é barão partidário nem faz parte da reserva nacional presidencial.
Tal como a questão sobre o aborto, o caso Manso Preto também devia merecer um amplo debate, e, sobretudo, a atenção presidencial, quiçá, uma audiência em Belém. Mas o colaborador do Expresso é apenas mais um jornalista. Nem é barão partidário nem faz parte da reserva nacional presidencial.
Pedido ao Pai Natal
O JPH continua a surpreender, com um humor refinado, no Glória Fácil, que corre o risco de passar a ser uma leitura obrigatória do inquilino de Belém.
Dia P
O Presidente da República vai apresentar as razões que o levaram a dissolver a Assembleia da República, provocando a queda do XVI Governo Constitucional.
O Presidente da República pode invocar todos os argumentos formais para justificar o tempo, a forma e o meio da sua intervenção, mas fica o gosto amargo de ter deixado o país a navegar na dúvida durante uma semana.
Jorge Sampaio fala tarde, muito tarde, ignorando as suas altas responsabilidades perante os portugueses. O reforço da transparência na vida democrática não se pode obter com atitudes estratégicas, que só estão ao alcance dos membros do topo da estrutura do Estado.
O que está em causa, hoje, é a credibilidade do próprio regime democrático.
O país não precisa de mais um discurso pedagógico sobre o regime constitucional. Nem tão pouco de palavras paternalistas e iluminadas.
Hoje, os portugueses querem saber tudo o que se passou, antes, durante e depois da crise que levou à dissolução do Parlamento.
O Presidente da República pode invocar todos os argumentos formais para justificar o tempo, a forma e o meio da sua intervenção, mas fica o gosto amargo de ter deixado o país a navegar na dúvida durante uma semana.
Jorge Sampaio fala tarde, muito tarde, ignorando as suas altas responsabilidades perante os portugueses. O reforço da transparência na vida democrática não se pode obter com atitudes estratégicas, que só estão ao alcance dos membros do topo da estrutura do Estado.
O que está em causa, hoje, é a credibilidade do próprio regime democrático.
O país não precisa de mais um discurso pedagógico sobre o regime constitucional. Nem tão pouco de palavras paternalistas e iluminadas.
Hoje, os portugueses querem saber tudo o que se passou, antes, durante e depois da crise que levou à dissolução do Parlamento.
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